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Obras do LOTE 5 da FIOL estão paralisadas, trabalhadores continuam sem salários

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Tiago Marques | Redação 96FM

Reportagem do Jornal Folha de São Paulo desta quinta-feira (13) trás a informação da paralisação das obras do LOTE 5 da FIOL e a demissão dos trabalhadores que ainda restam. A informação foi repassada ao ministro dos Transportes, Antônio Carlos Rodrigues, pelo deputado federal Bebeto Galvão (PSB-BA), que também é presidente do Sindicato dos Trabalhadores na Construção Civil da Bahia, durante audiência pública na Câmara.

Segundo o deputado, o consórcio Trial-Pavotec comunicou aos empregados que estão a quase 4 meses sem receberem salários que a interrompendo a construção. O trecho liga as cidades de Caetité a Bom Jesus da Lapa. Na quarta-feira (12), os trabalhadores realizaram novo protesto interrompendo a BR-030 entre Guanambi e Caetité por quase 9 horas.

Os repasses da Valec para a execução da obra caíram muito em 2015 e piorou nos últimos meses quando a estatal passou a priorizar o pagamento de empresas estrangeiras fornecedoras de trilhos. Um consórcio que fornece trilhos conseguiu liminar na Justiça para que a Valec pague prioritariamente este contrato que segundo a reportagem tem suspeita de superfaturamento apontado pelo TCU.

 Situação Dramática dos Trabalhadores

Em entrevista ao repórter Rafa Nunes do 96 Notícias 2ª Edição, um trabalhador oriundo do estado de Alagoas desabafou a situação financeira crítica que passa os funcionários da obra e anunciou que a sede da Valec em Guanambi e o canteiro de obras ficarão ocupados pelos trabalhadores até que haja uma solução para o problema. “Amanhã é aniversário de Guanambi, muita gente vai para as ruas com a família participar dos festejos, nós funcionários da PAVOTEC não vamos, não temos condições, não sabemos nem se poderemos alimentar nossos filhos de forma digna amanhã. Os proprietários das casas onde moramos não aguentam mais esperar o pagamento do aluguel, tem companheiro que está com água e luz cortada, a minha deve ser cortada ainda esta semana. Enquanto não houver respeito com a gente ninguém entra e ninguém sai do canteiro”. Desabafou.

O trabalhador ainda fez um apelo às autoridades locais. “O prefeito e demais políticos locais estão se omitindo, não vimos ninguém fazer um pronunciamento a nosso favor ou oferecer algum tipo de ajuda. Nós que viemos de fora queremos ir embora, as autoridades poderiam pensar numa forma de nos ajudar com a mudança, ou pelo menos nos dando assistência com cestas básicas para que nossos filhos não passem fome.

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