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Seca faz preço do leite e derivados disparar na Bahia

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De janeiro a junho de 2016, o litro do leite em Salvador e na região metropolitana aumentou mais de 30%, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A queda na produção por conta da seca que atinge as regiões sul e sudeste da Bahia há mais de nove meses é um dos principais fatores para a elevação do preço.

Os preços dos produtos derivados do leite também tiveram aumento, conforme o IBGE. Iogurtes e bebidas lácteas estão 11% mais caros, enquanto a manteiga subiu 43%.

De acordo com o Sindicato das Indústrias de Laticínios e Produtos Derivados do Leite do Estado da Bahia (Sindileite-BA), a Bahia produz apenas a metade da quantidade de leite que consome. Em todo estado, eram produzidos cerca de 1,2 milhão de litros por dia. No entanto, com a estigem dos últimos nove meses, a produção caiu para cerca de 700 mil litros por dia.

gado_secaNa região de Itapetinga, no sudoeste da Bahia, uma das maiores produtoras de leite do estado, já são dez meses de estiagem. A situação é tão grave que, de janeiro até junho desse ano, 30 mil bovinos morreram na região. Antes do período de estiagem, eram produzidos na região 35 mil litros de leite por dia. Atualmente, a produção caiu para 8 mil litros de leite por dia. VEJA MATÉRIA COMPLETA NO G1

BRUMADO – Maior produtor de leite da região também sofre com a seca e preços disparam

requeijao-brumado-noticias-27Os derivados do leite ficaram mais caros na região de Brumado, onde há produtos que chegam ao consumidor final com até 100% de aumento, como é o caso do queijo mussarela. Nos supermercados da cidade, o produto está sendo comercializado por até R$ 35. Na feira livre, os consumidores também se deparam com a alta nos preços: o requeijão caseiro, que antes era vendido a R$ 22 o quilo, agora só é encontrado a R$ 28. Já a tradicional manteiga de garrafa, que ainda se encontrava a R$ 12, subiu para R$ 18. Em entrevista ao site Brumado Notícias, a direção da Associação dos Pequenos Produtores de Leite explicou que, com a seca e os insumos mais caros, caiu a produção do leite na região. Aliado a isso, muitos produtores preferiram parar a produção, pois, diante da falta do capim, as rações também ficaram mais caras e a balança financeira ficou incompatível com o orçamento. “O milho que antes comprávamos a R$ 30, agora só encontramos a R$ 60, um aumento de 100%. Mesmo se formos passar para o consumidor final, não teremos retorno, pois os próprios consumidores estão abrindo mão desses derivados, classificando os mesmos nesse período de recessão como supérfluos”, comentou o produtor Mazinho Meira. Na usina de beneficiamento, a queda na produção do leite também está sendo sentida. Até a primeira quinzena do mês de junho, a usina produzia 4,8 mil litros de leite por dia, mas a produção caiu para 3,7 mil litros diários nas últimas semanas. Com isso, o litro do leite, que chegava ao consumidor final a R$ 2, agora está sendo comercializado a R$ 2,30. “Ainda estamos segurando um pouco o preço do leite, mas a tendência é aumentar”, estima o produtor. (Via Brumado Notícias)

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