A Limpurb (Empresa de Limpeza Urbana de Salvador) concluiu no final da manhã desta segunda-feira (4) a retirada dos restos da carcaça da baleia jubarte que apareceu encalhada em Ondina, na última sexta-feira (1). A operação foi iniciada no sábado (2). De acordo informações adquiridas pelo Correio, só este ano, 77 baleias ficaram encalhadas na costa brasileira e a Bahia lidera o ranking, concentrando 29 das ocorrências. No ano passado inteiro foram 78 encalhes em todo o país.
Desde que o Instituto Baleia Jubarte iniciou o monitoramento, em 2002, só em três anos que a Bahia não concentrou o maior número de ocorrências. “É que o banco de Abrolhos, que se estende do Sul da Bahia ao norte do Espírito Santo, é uma área que concentra o maior número de baleias da costa brasileira”, informou o coordenador de Pesquisa do Instituto Baleia Jubarte, Milton Marcondes. Além disso, a Bahia possui o maior litoral dentre os estados brasileiros, com quase mil quilômetros de extensão.
Dados do instituto apontam que em 2015, 17 mil baleias vieram para o Brasil e, desse total, entre 80% e 85% delas se concentram na Bahia e no Espírito Santo. O que as atrai para os bancos de Abrolhos, segundo Marcondes, são as águas rasas, com uma boa temperatura e com bastantes bancos de corais. “Elas vem para ter filhotes aqui e as condições que encontram são ideais”, explica o pesquisador.
As baleias que são encalhadas, segundo Marcondes, a maioria morre no mar e são jogadas pelas correntes. “Só entre 10% a 15% das baleias encalhadas que estão vivas”, acrescenta. Ano passado tivemos 78 encalhes, portanto 2017 vai superar. O Instituto Baleia Jubarte informa ainda que orienta tecnicamente como fazer a remoção, mas a operacionalização é feita pelas prefeituras municipais que dispõem de maquinário pesado para este tipo de operação.