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Consumidor vai sentir impactos mesmo após o fim da greve

A greve deve afetar o desempenho da economia no segundo trimestre e, consequentemente, no ano

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Desde o final da semana passada, o setor produtivo brasileiro vive uma expectativa frustrada diariamente: a de que a greve dos caminhoneiros chegue ao fim. Mas, mesmo que a mobilização se encerre imediatamente e que os caminhões que bloqueiam estradas ao redor do país voltem à rotina de trabalho, o consumidor terá que preparar o bolso para mais aumentos nas próximas semanas.

Pelo menos é o que acreditam os especialistas. Isso porque os estoques de produtos, principalmente de alimentos perecíveis, ainda vão demorar para ser regularizados. A economia baiana, que apresentou pouco crescimento nos últimos meses, e os setores de comércio e de serviços devem retrair ainda mais.

A greve deve afetar o desempenho da economia no segundo trimestre e, consequentemente, no ano. “A paralisação certamente vai prejudicar ainda mais a economia. Se nos últimos índices divulgados já houve uma queda geral tanto nos serviços quanto no comércio, imaginem após essa greve, em que todos os setores foram afetados”, pontua o coordenador de disseminação de informações do IBGE na Bahia, André Urpia.

Segundo o coordenador, não dá para prever de quanto será o impacto nos serviços e no Produto Interno Bruto (PIB) do estado, já que cada cadeia produtiva tem um ciclo de vida.

Avaliações preliminares do governo também colocam em xeque o aumento do PIB brasileiro. O desempenho, que poderia acelerar e ficar próximo de 1% de alta entre abril e junho, é incerto. Consequentemente, o cenário de 2,5% de alta para o ano, anunciado pelo governo antes da mobilização, tem menos chances de se materializar.

A projeção para o PIB recuou de 2,50% para 2,37% neste ano, de acordo com o relatório Focus, divulgado nesta segunda-feira (28). “O PIB é a produção de riquezas de um local. Se não há produção, movimentação e consumo, não há produção de riquezas. Com o tempo, as coisas devem voltar e engrenar normalmente e, só assim, que cada área poderá se recuperar aos poucos”, explica Urpia. Informações de Correio.

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