Presente ao encontro de dirigentes petistas na última segunda-feira (30), o presidente do PT na Bahia, Everaldo Anunciação, utilizou o presidente do DEM, senador Agripino Maia, como justificativa para o não afastamento do tesoureiro da legenda, João Vaccari Neto, após início das investigações da Operação Lava Jato. Maia é acusado de ter recebido propina de R$ 1 milhão em contratos de inspeção veicular no Rio Grande do Norte. “Se ficar desconforto, tinha que ficar para o presidente do DEM, para o presidente do PSDB, do PMDB. Todos receberam da mesma forma que o PT recebeu. Por que o PT tem que fazer o pré-julgamento de Vaccari e afastar?”, provocou Anunciação nesta terça-feira (31), sem citar, no entanto, Maia. “Eu não estou vendo ninguém dizer que tem que afastar o presidente do DEM, do PSDB e do PMDB. Por que o PT? Por que essa ira com o PT? Nós estamos reafirmando que todo aquele que for indiciado e for condenado, nós vamos afastar”, defendeu o petista. Na reunião com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na segunda, o PT aprovou documento em que reforça a teoria de que investigados em operações como a Lava Jato devem permanecer no exercício de funções partidárias até que seja comprovada culpa. “Nós não vamos topar esse tipo de indiciamento que foi feito com o Vaccari e ter isso como a decisão final. Todo aquele ou aquela que tiver julgado e condenado, será afastado. Previamente é ferir o direito democrático da defesa”, adiantou Anunciação.