O Palácio do Planalto informou nesta quinta-feira (2) que os 39 ministros do governo Dilma serão proibidos de utilizar as aeronaves da Força Aérea Brasileira para retornar aos seus estados e origem, como forma de contenção de despesas. Na próxima semana, a presidente Dilma Rousseff (PT) deve assinar o decreto que estabelece a medida. Dados da Casa Civil e do Ministério do Planejamento foram utilizados para justificar a proibição, apesar de não terem sido informados os valores referentes aos gastos com o uso de aeronaves da FAB para o transporte de ministros. A assessoria do Planalto também não informou se a restrição atingirá os presidentes da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e do Supremo Tribunal Federal, Ricardo Lewandowski, que atualmente podem usufruir do benefício. Desde 2002, um decreto presidencial permite que aeronaves da FAB sejam requisitadas por essas autoridades dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário. Ainda segundo o Planalto, os ministros só poderão requisitar aeronaves para seus Estados de origem em casos excepcionais, quando houver compromisso de trabalho na mesma data e local. A medida integra o “grande corte” orçamentário anunciado recentemente pela presidente Dilma, estimado em R$ 80 bilhões.