Após aprovar em março deste ano um aumento de 18% da verba de gabinete, a Assembleia Legislativa quer ampliar o número de secretários parlamentares, cargos de livre nomeação.
Atualmente, cada deputado estadual tem o direito de contratar até 26 secretários parlamentares, funcionários pagos justamente com recursos oriundos da verba de gabinete, que passou recentemente de R$ 78 mil para R$ 92 mil, em conformidade com o aumento dado no Congresso Nacional.
Deputados ouvidos disseram que ainda não há uma definição quanto ao número adicional de secretários, mas o jornal apurou que o objetivo é ampliar em pelo menos quatro secretários parlamentares por gabinete. No total, isso representaria até 252 cargos comissionados a mais na Assembleia, contabilizados os gabinetes dos 63 deputados.
Contraditoriamente, quando foi aprovado o aumento da verba de gabinete, o argumento do presidente da Casa, Marcelo Nilo (PDT), era de que se tratava de um “reajuste para os servidores, que não tinham aumento há quatro anos”. Caso seja aprovado o aumento do número de secretários parlamentares, haverá mais funcionários para os quais deverá ser dividida a verba de gabinete – já que os deputados asseguram que não haverá novo reajuste da verba.
O debate sobre o aumento da quantidade de secretários parlamentares começou na época da discussão sobre o reajuste da verba de gabinete. “A ideia era aumentar lá atrás. Geralmente, era assim que ocorria na Casa: com o aumento da verba, aumentava o número de vagas também”, diz o deputado Leur Lomanto Júnior (PMDB), 1º secretário da mesa diretoria, onde começaram as conversas para a elevação do número de assessores. (A Tarde)