As redes sociais são usadas pelo Ministério da Educação (MEC) para identificar irregularidades entre as inscrições do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). De acordo com o ministro da Educação, Renato Janine Ribeiro, as publicações nas redes podem ser usadas para ajudar na investigação de candidatos que declararam carência indevidamente. Os candidatos em situação de carência são isentos da taxa de R$ 63 para o exame. Segundo o presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), Francisco Soares, alguns candidatos publicam nas redes que, apesar de terem declarado carência, não preenchem os requisitos. “Reservamos sempre nos editais o direito de fiscalizar e investigar. Não posso dizer quantos nem como isso é feito para não entregar o sistema. Uma declaração falsa é sempre um delito. Não é correto. Não é moralmente correto”, explicou Janine à Agência Brasil. Pelo edital, o Inep poderá exigir a qualquer momento, mesmo após o prazo para pagamento, que termina nesta quarta-feira (10), a comprovação da situação de carência. O participante que prestar informações falsas será excluído do exame. “Estamos vivendo um momento que o Inep conhece muito dos alunos da educação básica. Sabemos até em qual escola estudou. Podemos, de acordo com as informações prestadas, indicar se há ou não situação de carência e solicitar a comprovação”, esclareceu Soares. O Inep monitora as redes sociais durante e após a realização do exame. Os candidatos que fizerem postagens durante a prova também serão eliminados. De acordo com balanço divulgado nesta terça (9) pelo MEC, 3,7 milhões dos 8,5 milhões de inscritos declararam carência. Eles representam 43,9% do total. Caso esses candidatos faltem ao exame e não justifiquem, eles não serão isentos no ano que vem.
MEC monitora redes sociais para identificar quem ‘mentiu’ para não pagar taxa do Enem
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