O líder do Solidariedade, deputado Arthur Oliveira Maia (BA), anunciou nesta terça-feira(08) o lançamento, na próxima quinta (10), de um movimento pró-impeachment da presidente Dilma Rousseff. Haverá um site, com uma petição eletrônica, no qual os cidadãos poderão manifestar o apoio à saída da presidente.
Além do Solidariedade, DEM, PSC, PSDB e PPS também apoiam a iniciativa. No entanto, de acordo com Maia, o movimento conta com a participação de parlamentares também da base do governo. “Quase todos os partidos têm parlamentares a favor do impeachment. Esse movimento quer abraçar todos e, de maneira conjunta, encaminhar essa luta que, sem sombra de dúvidas, reflete o sentimento do povo brasileiro”, disse.
O grupo suprapartidário vai cobrar do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB/RJ), que coloque em andamento os pedidos de impeachment. Mesmo que o deputado fluminense negue seguimento ao processo de afastamento da presidente Dilma, os parlamentares já trabalham com a possibilidade de recorrer ao Plenário da Casa, onde precisariam do apoio da maioria simples entre os presentes. “O presidente Cunha tem obrigação de votar isso no plenário. Ele tem que tomar uma decisão e, se o pedido não for aceito, vamos recorrer da decisão dele”, defendeu Maia.
Tese do impeachment
São 17 pedidos de impeachment contra Dilma em análise na Câmara. O último foi apresentado na semana passada, pelo jurista Hélio Bicudo, um dos fundadores do Partido dos Trabalhadores. Para o líder do Solidariedade, este é o que apresenta “maior consistência”. “A tese do impeachment vem de pessoas que acreditaram no PT e sabem que o que está aí não representa aquilo que foi o fundamento do movimento que redundou na criação do Partido. Essa é uma demonstração clara de que não se trata, portanto, de um movimento de alguém que, por razões ideológicas se opõe ao PT”, disse.
O parlamentar acredita que já há elementos suficientes para a instalação do pedido de impeachment. “Temos elementos jurídicos que consubstanciam plenamente o pedido de impeachment. Mas é preciso que alguém dê um passo para frente. Nós estamos fazendo aquilo que o povo deseja. Deputados ou não, nós brasileiros precisamos dar as mãos neste momento histórico. Independentemente do resultado, estamos cumprindo o nosso papel. O Brasil quer o impeachment. Isso é uma realidade inquestionável”, finalizou.
Esta postagem foi publicada em 9 de setembro de 2015 17:34
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