Os alunos e colegas de Deodarkson Aparecido Rego Pereira, 46 anos, estão consternados com o assassinato do professor, encontrado morto na noite desta segunda-feira (15) em um edifício no bairro de Amaralina.
Segundo a Secretaria de Educação (SEC), ele era muito querido e afetuoso com os alunos. Deodarkson ensinava química no Colégio Estadual Rotary, na Ladeira do Abaeté, em Itapuã e era concursado da Rede Estadual desde 2004. Ainda de acordo com a secretaria, a direção do colégio informou que o funcionamento da unidade foi normal na manhã desta terça-feira (15).
“Estamos perdendo uma pessoa muito querida e preparada academicamente. Recebemos a informação com muita tristeza. Ele era uma pessoa muito solícita, sempre disposto a ajudar a todos. Tinha um conhecimento acadêmico vasto”, lamentou Joana Livia Negrão, diretora do colégio.
Ainda segundo ela, o professor trabalhava na unidade de ensino há 11 anos. Ele ministrava aulas nos turnos matutino e vespertino para turmas do ensino médio. Deodarkson já havia comentado com colegas de trabalho sobre insegurança na rua onde morava.
“Ele sempre comentava que aquela área onde morava tinha muitos assaltos. Relatava já ter visto vários pela janela, inclusive no ponto de ônibus que fica em frente ao prédio dele”, lembrou Joana. A vice-diretora do Colégio Rotary e dois professores acompanharam familiares do professor até o Instituto Médico Legal Nina Rodrigues (IML) na manhã de hoje.
O caso
A polícia foi chamada ao edifício Mar Azul, na rua Visconde de Itaborahy, por um morador que estranhou o cheiro que estava vindo de um dos apartamentos, por volta das 19h. O corpo dele foi encontrado já em estado de gigantismo, com pés e mãos amarrados. Uma faca foi localizada próxima ao corpo pela 40ª Companhia Independente de Polícia Militar (Nordeste de Amaralina).
“Aparentemente se trata de um homicídio, porque ele estava com a mãos amarradas, os pés também”, diz o soldado Maciel. “A perícia será feita e vai determinar como foi essa morte”, acrescentou. “Pelo mau cheiro, acredita-se que menos de três dias não tem como (ele estar morto)”, disse o soldado. Segundo o policial, aparentemente não há câmeras de segurança no edifício.
Segundo o PM, não é possível afirmar se há sinais de arrombamento na casa – o vizinho que chamou a polícia sinalizou que a porta estava entreaberta – nem se algo foi roubado. O professor, que era natural de Guanambi, morava sozinho, segundo relatos de vizinhos.
Até início da tarde de hoje, o corpo de Deodarkson permanecia no IML e não havia sido liberado para a família. Quando ocorrera a liberação, o corpo do professor deverá ser levado para Guanambi, onde será enterrado.
O caso está sendo investigado pela delegada Andréia Ribeiro, da 1ª Delegacia de Homicídios do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). Ainda não há informações sobre autoria e motivação do crime. (Correio24Horas)