Tiago Marques | Redação 96FM | Informações TV Integração
O campo experimental da Universidade Federal de Uberlândia (UFU) está produzindo uma variedade de pequi sem espinho. A espécie é resultado de um enxerto de uma planta encontrada em São José do Xingu, no estado de Mato Grosso. Já são 12 anos de pesquisa, sendo inclusive tema de doutorado. Ao todo são 10 plantas produzindo o pequi que tem mais até 35 vezes mais polpa que o pequi do cerrado.
O pequi é um fruto típico do cerrado muito apreciado, principalmente no preparo junto ao arroz e carne de sol. Seu caroço possui uma fina camada de polpa e muitos espinhos. No futuro, o pequi sem espinho poderá representar uma variedade de opções na culinária. Segundo Francisco Raimundo, técnico em agropecuária da UFU, o pequi sem espinhos pode ser consumido in natura pois possui poupa macia, adocicada e de cheiro mais agradável.
A produção por planta é considera boa e rentável, o grande entrave para difundir a planta é a dificuldade de germinação da semente, que que pode demorar até 10 meses. A UFU informou que por enquanto ainda não estão sendo produzidas mudas para o plantio em outras áreas.
A quem diga que o problema da fruta são os espinhos, outros já afirmam que a graça está justamente neles. O fato é que o pequi sem espinhos aguça o interesse de donos de restaurantes, cozinheiras e dos apreciadores da fruto que possui sabor e aroma inconfundíveis.
Veja a reportagem da TV Integração exibida em Janeiro de 2015