por Guilherme Silva | Bahia Noticias
A Universidade Federal da Bahia (Ufba), por meio da Pró-Reitoria de Administração (Proad), discute com a Secretaria de Segurança Pública (SSP) a elaboração de um convênio que estabeleça regras para a atuação da Polícia Militar dentro dos campi. Segundo o coordenador de Gestão de Segurança dos Campi, Jamil Oliveira, a expectativa é que o acordo seja anunciado até o final do mês. “Já estamos finalizando. Esse documento vai ser digerido pela Pró-Reitoria de Administração e em seguida vamos nos reunir com dirigentes da SSP para ser aplicado esse convênio”, afirma Jamil. No entanto, a medida não deve fazer com que os oficiais da PM passem a fazer rondas frequentes dentro das dependências da universidade. “Não vai ser assim uma coisa de rotina, vai ser mais em caso de flagrância”, detalha o coordenador sobre a atuação da PM. Para a SSP, há efetivo suficiente para prestar segurança dentro da universidade e o apoio só depende do aval da reitoria. “A gente está discutindo com a Ufba uma parceria mais estreita. Desde a integração entre a Polícia Militar e as forças de segurança, como também a troca de informações e e até a necessidade de melhorias de ambas as partes, tanto da Ufba quanto da própria Secretaria de Segurança Pública”, afirmou o chefe da pasta, Maurício Barbosa. Na madrugada desta terça-feira (15), seis criminosos assaltaram quatro seguranças e os trancaram em uma sala da Escola Politécnica da Ufba. O grupo ainda tentou violar um caixa eletrônico que fica dentro do campus. Uma equipe da Polícia Militar esteve na Rua Aristides Novis, mas precisou aguardar a chegada da Polícia Federal por não ter autorização para entrar na universidade. Em virtude das recentes reclamações de estudantes em relação à segurança (veja mais), a administração da Ufba estipulou este mês medidas para melhorar a vigilância nos campi. Entre as ações anunciadas estão a alocação de vigilantes em pontos mais sensíveis, reforço de rondas motorizadas e instalação de guaritas em São Lázaro, Canela e Ondina. Segundo Jamil, as áreas mais sensíveis e que devem receber mais atenção dos vigilantes são as com maior circulação de pessoas. Ele citou a Escola Politécnica, a Faculdade de Arquitetura, o Instituto de Biologia, o Instituto de Química, o Instituto de Geociências, a Escola de Medicina Veterinária e o campus do Canela. No entanto, o coordenador de Gestão de Segurança defende que a maior parte dos crimes acontece nas redondezas da universidade e não dentro dos campi. “A prática geralmente é ao redor da universidade. Nós temos um território praticamente comparado ao Vaticano, no meio de Salvador”, analisou. Ele ainda ressaltou que haverá apenas um remanejamento dos seguranças da universidade, e que por enquanto “não é necessário” um aumento no efetivo colocado à disposição pelo Grupo MAP, empresa terceirizada que atua na segurança da Ufba.