Tiago Marques | Redação 96FM – Fotos: João Roberto Teixeira

Reunião política ajuda a clarear cenário político em Guanambi

Está quase tudo decidido no cenário político de Guanambi, uma reunião realizada na casa do prefeito Charles Fernandes deixou claro em que lado do tabuleiro algumas peças estarão na campanha que começa em breve. A reunião contou com a participação de representantes dos principais partidos que devem compor a coligação que terá Jairo Magalhães (PSB) e Hugo Costa (PSD) como cabeças de chapa na disputa para saber quem comandará a prefeitura de Guanambi nos próximos quatro anos. Além dos presidentes de partidos e pré-candidatos, participaram da reunião os militantes dos partidos e lideranças comunitárias da cidade e do campo.

Uma possível debandada do PDT, encabeçada pelo deputado estadual licenciado e secretário de Agricultura Vitor Bomfim chegou a preocupar o grupo do prefeito Charles Fernandes. O clã político dos Bomfins estaria praticamente fechado com Nilo Coelho (PSDB) para a disputa, indicando Marcos Bomfim como candidato ao cargo de vice, porém a presença do presidente da Câmara Carlos Jackson Loló e do vereador Zaqueu na reunião enfraqueceu a indicação, Dr. Son não pode comparecer, mas já declarou que apoiará o candidato Jairo Magalhães independente da decisão do partido. Os três vereadores são os nomes mais fortes dentro do partido e todos se filiaram na última janela.

A aproximação de Vitor Bomfim com Nilo Coelho coloca os três vereadores em uma ‘sinuca de bico’, pois se não forem soberanos dentro do partido e definirem em que direção a sigla irá seguir, poderão ficar sem palaque para a releição, a não ser que resolvam ‘pular’ junto com Vitor. A não adesão dos ‘puxadores de voto’ à ideia enfraquece o acordo, pois os integrantes do grupo de Nilo Coelho estariam dispostos a aceitar a parceria com os ‘Bomfins’, desde que houvesse a adesão de forças do partido. Com o PDT de ‘porteira aberta’ é possível que o candidato a Vice de Nilo Coelho seja o Vereador Agostinho Lira, ou empresário Luiz Carlos, ou o diretor da FG, Felipe Duarte, compondo uma chapa ‘puro sangue’.

A reunião sinalizou que a coligação deve ser composta pelo PSB, PSD, PT, PCdoB e PRB, além da dúvida que ainda paira sobre o PDT, onde Vitor Bomfim precisará avaliar se corre o risco de perder quem o ajudou a conseguir cerca de 6 mil votos na eleição de 2014. Do outro lado o PSDB de Nilo Coelho deve caminhar com o PP do deputado Luis Augusto, partido que perdeu expressão com a saída de seus principais representantes, além do Democratas, PPS e o recém-criado PPL, encabeçado pelo ex-vereador Latinha e por antigos militantes do PCdoB.

Em tese, Jairo Magalhães terá apoio do grupo adversário nas eleição passada que obteve cerca de 30% dos votos, e do prefeito Charles Fernandes que obteve cerca de 70% dos votos com o apoio do agora adversário Nilo Coelho, ou seja, o velho cacique político precisa superar seus dissidentes que se aliaram aos seus adversários tradicionais. Se estes são até agora os números de referência do que pode ser projetado para Outubro, pode-se concluir que embora haja um favorito e um certo clima de “já ganhou”, as eleições prometem ser disputadas e a diferença entre o ganhador e o perdedor não deverá ser ampla como em pleitos anteriores.

Correndo por fora, sem um grupo de apoio expressivo, o dentista Robério deve ser a ‘terceira via’ nesta eleição, lançando seu nome pelo PEN.