Viveiro Escola
Em Bom Jesus da Lapa, o governador Rui Costa e o senador Otto Alencar participaram da implantação do Reviveiro Velho Chico. O projeto, resultado da parceria entre o Instituto Fábrica de Florestas, a Prefeitura Municipal de Bom Jesus da Lapa e as empresas Coca-Cola e Braskem, agrega educação ambiental com a produção de mudas nativas, que serão direcionadas para restauração ecológica de áreas degradadas às margens do Rio São Francisco. A Escola Municipal Nossa Senhora Aparecida, no bairro Lago Grande, foi escolhida para abrigar um dos Viveiros Escola e as atividades passarão a fazer parte das tarefas dos estudantes. A previsão inicial é de cultivo de cerca de 40 mil mudas, com investimento de aproximadamente R$ 1 milhão.
Diretor executivo do Instituto Fábrica de Florestas, Álvaro Oyama destaca a importância ecológica do projeto. “Hoje nós vemos muitos rios com suas matas ciliares degradadas. O que a gente pensa é instalar esses viveiros em parceria com os estudantes e as comunidades para mudarmos essa realidade. É necessário que a gente em pense tudo que podemos fazer para salvar o São Francisco”, disse.
Mudas – No interior do Viveiro Escola, além da produção de espécies nativas locais, será realizado trabalho de sensibilização e capacitação de diversos setores sociais – estudantes, associações, cooperativas, dentro outros, para temas relacionados a ecologia, a florestas e a proteção e recuperação de recursos hídricos.
O diretor executivo do Instituto Fábrica de Florestas, Álvaro Oyama, calcula que as primeiras mudas produzidas no Reviveiro de Bom Jesus da Lapa comecem a ser plantadas nas margens do Rio Corrente, um dos principais afluentes do São Francisco, em seis meses. As unidades de Barra do São Francisco e Barreiras, atenderão, quando instaladas, o Rio Grande.
Prioridade – A recuperação e revitalização do Velho Chico é prioridade do senador Otto Alencar. Em novembro do ano passado, a Comissão de Meio Ambiente, Defesa do Consumidor, Fiscalização e Controle fez diligência, em Bom Jesus da Lapa, para verificar a situação do rio.
Por sugestão do senador a CMA também acompanhou ao longo do ano passado, a política pública de revitalização da Bacia Hidrográfica do Velho Chico.
Desde que assumiu o mandato de senador, em 1º de fevereiro de 2015, Otto Alencar tem manifestado grande preocupação com o São Francisco, conhecido como “rio da integração nacional” por cortar cinco estados – Minas Gerais, Bahia, Pernambuco, Sergipe e Alagoas.
O senador tem alertado constantemente para o comprometimento dos afluentes, prejudicados pelo despejo de esgoto, assoreamento e destruição de mata ciliar.
“Apesar do acelerado aumento da utilização das águas do São Francisco não têm ocorrido investimentos dos governos federal e estaduais suficientes para garantir a preservação de nascentes e afluentes do rio”, disse.
Para o presidente da CMA, sem a revitalização não será possível a transposição das águas do São Francisco e o rio será apenas um caminho de areia em pouco tempo.