Opinião: Eleições 2016 – Karla Viviane

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Karla Viviane Coach

“Suas atitudes falam tão alto que eu não consigo ouvir o que você diz”.
Ralph Waldo Emerson

A liberdade é um bem precioso e por isso tenho muito cuidado ao fazer minhas escolhas por isso ou aquilo, essa ou aquela religião, esse ou aquele grupo político. Tenho receio e o fato de deixar-me manipular não me agrada de jeito nenhum. Adoro ideias e pessoas que lutam por transformação e mudança, mas estou longe de gostar de gente que faz das ideias armas para conseguir seus objetivos, travestidas de boas intenções. E o pior, se Deus é usado de forma banal para advogar em várias causas, imagina o que não fazem conosco pobres mortais eleitores. Tem gente que adere e de forma vicária passa a repetir discursos sem ao menos investigar, analisar e perguntar-se a respeito dos porquês. Algumas pessoas se acham cultas, seres pensantes e nem se percebem como simples massa de manobra fermentando a opinião e interesse de alguns. E a parte mais frágil desse processo está pautada no fato das pessoas se dividirem. Para mim politica deveria ser algo totalizante que visaria o bem comum, e não um conceito muito próximo do conceito do poder que segundo Bertrand Russel é “o conjunto dos meios que permite alcançar os fins desejados”. Vejo pessoas defendendo assuntos relacionados apenas a elas ou ao grupo que estão inseridas. E os outros? Os outros são os outros e onde está a sensibilidade para nos sentirmos parte? onde está o sentimento de pertencer , e a ideologia? Cadê a relação ganha ganha? O muito para mim e para o outro também? ao invés da ganância e da escassez?

Politica é a ciência da organização, de direção e administração, é um bem abrangente e presente em todos os lugares e até nos nossos atos cotidianos, uma forma de diagnosticar e viabilizar soluções com os recursos disponíveis visando o bem comum e não se assemelha á politicagem que infringe os princípios legais da administração e desacredita a honestidade nos políticos.

Por isso, pesquise, pense a respeito deste ou aquele discurso, sobretudo leia nas entrelinhas “qual será a intenção de João ao falar de José?” Porque será que ele precisa tanto convencer-me a respeito daquilo que ele deseja? “Politicagem” são atos inescrupulosos, que visam o benefício próprio e não a coletividade. E para finalizar, gosto disso que o Saramago disse: “Aprendi a não tentar convencer ninguém”. O trabalho de convencer é uma falta de respeito, é uma tentativa de colonização do outro.

Karla Viviane

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