Pesquisas eleitorais embaralharam a cabeça do eleitor na região

Tiago Marques | Redação 96FM

A divulgação de pesquisas eleitorais é controlada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Para um veículo de imprensa, candidato ou partido político divulgar uma pesquisa de intenção de voto, é necessário registra-lá previamente no órgão. No entanto, o registro de pesquisa não garante que seu resultado é correto, apenas que a metodologia de analise utilizada segue os padrões de amostragem correta.







O dano que uma pesquisa mal elaborada pode causar é grande em uma eleição, ela influencia o voto daquela parcela do eleitorado que acaba votando no candidato que está a frente nas sondagens, é o chamado voto útil. Em municípios pequenos onde as disputas são acirradas, uma pesquisa que não atenda os padrões de amostragem pode causar uma confusão no eleitorado favorecendo algum candidato.

Pelo interior do Brasil surgiram várias empresas menores que realizam pesquisas eleitorais a custos acessíveis para candidatos, jornais e rádios. Estes institutos atendem as exigências para registrar e divulgar suas pesquisas, mas nas eleições deste ano estas empresas divergiram muito nos números, tanto entre elas, quanto no resultado das urnas. Em um cenário com disputas apertadas em vários municípios da Região, mesmo com a margem de erro dilatada de 5% para mais ou para menos, os resultados foram diferentes da maioria das pesquisas.

Veja abaixo algumas pesquisas realizadas na região às vésperas das eleições e o resultado final em cada município:

 

Malhada

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Em malhada duas pesquisas mostravam resultados resultados praticamente inversos. No entanto o resultado foi de equilíbrio entre os candidatos, Dezin (PMDB) teve 45 votos a mais do que Gimmy (PT).

A pesquisa que colocou Gimmy a frente chegou a ser divulgada, mas foi suspensa por determinação da Justiça Eleitoral.

Palmas de Monte Alto

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Em Palmas de Monte Alto duas pesquisas realizadas em dias próximos deram resultados bem diferente, no entanto uma delas acertou os quase 12% de frente que Manoel Rubens (PSD) conquistou frente ao atual prefeito Fernando Laranjeira (PMDB).

Guanambi

14449730_1779897405631351_6705469181353708536_n 2016-10-03-photo-00101117-1Em Guanambi duas pesquisas chegaram a ser divulgadas, na segunda-feira (26) uma pesquisa colocou Nilo Coelho na liderança com 12,5% de vantagem sobre Jairo Magalhães.

No sábado (01) uma pesquisa teve sua divulgação suspensa pela Justiça Eleitoral mas acabou tendo seu resultado vazado. A sondagem apontou liderança de Jairo com 6,6% de vantagem sobre Nilo Coelho. O resultado acabou oscilando dentro da margem de erro da pesquisa, Jairo venceu o pleito com diferença 1,7%.

Grandes Institutos também erram

Grandes institutos como o IBOPE, o DATAFOLHA e VoxPopuli acertam a grande maioria de suas pesquisas dentro da margem de erro. Estes institutos se preocupam com a credibilidade dos serviços que prestam e por mais que sejam contestados, no final acabam mostrando a realidade do cenário. No entanto, a disputa do Governo da Bahia já surpreendeu estes institutos que, às vésperas das eleições de 2006 e novamente em 2014 apontavam liderança de Paulo Souto (DEM), só que Jaques Wagner (PT) saiu vencedor na primeira oportunidade e Rui Costa (PT) na segunda, ambos derrotaram Souto no primeiro turno.

Na véspera da eleição de 2016 uma pesquisa do Ibope apontava 51% para Souto e 41% para Wagner, que se elegeu com 52,89% dos votos válidos e derrotou Paulo Souto, que ficou em segundo lugar com 43,03%. Em 2014 o erro foi menor mas não menos inexplicável, faltando sete dias para a eleição, Souto liderava a pesquisa com 43% a 27% de Rui Costa nas intenções de voto, na véspera o IBOPE apontou empate, 46% para cada candidato. Abertas as urnas, Rui Costa obteve 54,5% dos votos válidos contra 37,4% de Souto.

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