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Filme Holocausto Brasileiro mostra o horror do Hospital Colônia em Barbacena

Estreia no próximo dia 20 no canal MAX da HBO, o documentário “Holocausto Brasileiro”, produção cinematográfica que que retrata tragédia brasileira vivida em Barbacena-MG. No lugar funcionava manicômios onde os pacientes eram internados à força e submetidos ao frio, à fome e a doenças.

Holocausto Brasileiro

O documentário é inspirado na obra da jornalista Daniela Arbex, o Holocausto Brasileiro, livro lançando em 2o13. Ela assina o roteiro e divide a direção com o cineastra Armando Mendz. Eles contam a história de 60 mil brasileiros que morreram dentro do Hospital Colônia, o maior manicômio de Barbacena. Quase dois mil corpos foram vendidos pelo Hospital para várias faculdades de medicina.

Entre os anos de 1930 e 1980, centenas de pessoas chegam diariamente amontoadas em vagões de trem à cidade mineira. Não eram só os deficientes mentais que eram levados para o “tratamento” no local que ficou conhecido como capital da loucura. Mães solteiras, prostitutas, mulheres rejeitadas pelos maridos ou que perdiam a virgindade antes do casamento, usuários de drogas, mendigos, homossexuais, crianças rejeitas pelos pais e todo tipo de gente “indesejada” na sociedade.




Os internos eram praticamente condenados a morte. Enquanto vivos passam por diversas torturas físicas e psicológicas como comer ratos, beber água de esgoto ou tomar eletrochoques constantes. Um holocausto praticado pelo Estado, com a conivência de médicos, funcionários e da população. “Foram torturados, violentados e mortos. Seus cadáveres foram vendidos para faculdades de medicina, e as ossadas comercializadas”, diz a diretora.

A história transformada em memória mostra os horrores de experiências recentes de segregação, como o Apartheid e o Holocausto. Um ser humano definindo o direito de vida de outro ser humano. Milhões de vítimas e um legado de perplexidade permanente do “Holocausto Brasileiro”.

O documentário mostra a história pela ótica dos sobreviventes e também traz os depoimentos de quem esteve do outro lado da história, em uma posição ativa. Gente que aplicou eletrochoques, distribuiu injeções, vendeu corpos.

Holocausto Brasileiro > Autora fala sobre o livro que virou documentário

 

Veja mais na reportagem de Amanda Mont’Alvão Veloso, do HuffPost Brasil

 

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