O clube de futebol Boa Esporte, de Varginha, no Sul de Minas, perde apoio financeiro da empresa Nutrends Nutrition. A decisão tomada, após reunião, ocorreu devido a contratação do goleiro Bruno. O contrato assinado pelo goleiro por dois anos gerou críticas ao clube e patrocinadores e fez com que a referida empresa decidisse, na noite deste sábado,11, deixar de estampar sua marca na camisa do time.
“Em reunião extraordinária, a diretoria da Nutrends Nutrition decidiu que, a partir de hoje (sábado, 11/03), a empresa não é mais patrocinadora/apoiadora do Boa Esporte Clube”, anuncia a empresa em nota divulgada no Facebook.
A decisão divulgada repercutiu e em poucos instantes os internautas manifestaram. As opiniões foram destacadas em matéria do Correio:
“Parabéns pela sensata decisão de não vincular a imagem da empresa a um time que contrata assassinos! Parabéns por ouvir seus consumidores! Vocês ganharam meu respeito”, comentou uma seguidora da empresa. “Que todos os outros patrocinadores sigam este exemplo!!! Apoio a time de assassino é ser conivente com o crime!!!”, cobrou outro fã da marca. “Parabéns! Apoiar time que contrata feminicida seria péssimo para a imagem de qualquer empresa”, manifestou-se outro cliente da Nutrends.
Em contrapartida, o grupo Grupo Góis & Silva não deve deixar de estampar a sua marca na camisa do Boa. O executivo da empresa, Rafael Góis, disse que o atleta cometeu “um ato extremamente grave”, mas que ele merece uma segunda oportunidade.
“O passado do Bruno foi conturbado, polêmico, com um ato extremamente grave e que gera revolta em muitas pessoas. Mas cabe salientar que foi a Justiça que o libertou, tendo em vista que já cumpriu parte de sua pena, continua sob pena, mas em trabalho de ressocialização. E o trabalho faz parte desta nova fase da sua vida. Nossa empresa acredita na ressocialização, e a favor de (dar ao goleiro uma) uma segunda chance”, escreveu Góis no Facebook.
Em nota oficial divulgada neste domingo, 12, o presidente do clube, Rone Moraes da Costa afirmou que o “Boa Esporte não foi o responsável pela soltura e liberdade do atleta”. Rone Moraes ainda diz que o clube tenta “fazer justiça ajudando um ser humano que busca se recuperar”.
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