Protestos em defesa da Lava Jato vão às ruas com baixa adesão

Redação 96FM

Os mesmos grupos que se mobilizaram em 2015 e no ano passado pelo impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff e contra o PT voltaram neste domingo, 26, às ruas – a defesa da Lava Jato, o fim do foro privilegiado e a reforma política estavam na pauta. Porém, depararam com a diminuição do público não só na manifestação em São Paulo, como em outras capitais do País.

Os atos tiveram um público muito inferior ao dos protestos do início do ano passado, quando a pauta principal era a saída da então presidente. O maior deles, segundo o Datafolha, no dia 13 de março de 2016, chegou a reunir cerca de 500 mil pessoas na avenida Paulista, em São Paulo.

Pelo menos 21 capitais tiveram protestos neste domingo, segundo levantamento da Folha de São Paulo. Em algumas cidades, como Belém e Manaus, não havia mais de cem pessoas reunidas.

Em Porto Alegre e Recife, a estimativa dos organizadores não passou de 5.500 pessoas. Em Brasília, foram 500 pessoas, segundo a Polícia Militar. No Rio de Janeiro, manifestantes decidiram não divulgar números de público.

Em São Paulo, sobre cerca de cinco carros de som, movimentos como Vem Pra Rua, e MBL (Movimento Brasil Livre) discursaram sobre temas que variavam desde a defesa da Lava Jato, o fim da contribuição sindical compulsória até pedidos de intervenção militar.

“O público é o que esperávamos”, disse o coordenador do MBL Kim Kataguiri. “Agora as pautas são diferentes. O impeachment mobilizava mais porque as pessoas estavam fazendo parte da história.”

Em meio às reivindicações, havia pautas opostas. Enquanto no carro de som do MBL os coordenadores discursavam a favor de reforma da Previdência, era possível encontrar manifestantes com cartazes contrários às mudanças.

Com a menor adesão de público, ganharam visibilidade na Paulista grupos mais radicais e com pautas heterodoxas, como os que pediam o retorno da ditadura militar.

Também sobraram críticas a políticos de diversos matizes. Os ex-presidentes petistas Dilma Rousseff e Luiz Inácio Lula da Silva se mantiveram alvos preferenciais das reclamações de manifestantes.

No entanto, diversos movimentos criticaram Temer, o presidente do Senado Eunício Oliveira (PMDB-CE) e o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), entre outros. Os senadores tucanos Aécio Neves e José Serra e o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, também foram alvo dos discursos.

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