45% da população brasileira não têm acesso a serviço adequado de esgoto

De acordo com o Atlas Esgotos, é necessário um total de R$ 150 bilhões investidos até 2035 para a universalização do esgotamento sanitário na área urbana do país

De acordo os dados presentes no Altas Esgotos: Despoluição de Bacias Hidrográficas, divulgado pela Agência Nacional de Águas (ANA) e pelo Ministério das Cidades, 45% dos brasileiros ainda não tem acesso a serviços adequado de esgoto.

O Plano Nacional de Saneamento Básico (Plansab) considera como atendimento adequado de esgoto sanitário o uso de fossa séptica ou rede de coleta e tratamento de esgoto. Dentro desse critério, foram realizadas avaliações em cada um dos 5.570 municípios do país, sempre considerando as diversidades regionais e a abordagem por bacia hidrográfica.

Por meio de análises concluíram que 55% dos brasileiros dispõem do serviço adequado. Sendo 43% atendidos por sistema coletivo (rede coletora e estação de tratamento de esgotos); 12%, por fossa séptica (solução individual); 18% têm o esgoto coletado, mas não é tratado; e 27% não têm qualquer atendimento.

No estudo, foram consideradas exclusivamente as residências urbanas e não foi avaliada a prestação do serviço na área rural.

Investimento

De acordo com o Atlas Esgotos, é necessário um total de R$ 150 bilhões investidos até 2035 para a universalização do esgotamento sanitário na área urbana do país. Cerca de 50% dos municípios, que precisam de serviço de tratamento convencional de esgoto, demandam 28% do valor estimado. Já 70 dos 100 municípios mais populosos requerem solução complementar ou conjunta e concentram 25% do total de investimento

Os custos com coleta e com tratamento variam conforme a região, sendo maiores no Norte e menores no Sudeste. Os gastos com coleta representam 2,7 vezes mais do que os previstos em tratamento.

Porém, os órgãos alertam para a necessidade de administrar bem os serviços. Só o investimento não é suficiente para a universalização. No país, existem vários exemplos de sistemas de coleta e tratamento de esgoto que foram abandonados. Alguns deles nem sequer entraram em operação devido a problemas associados à gestão.

*Informações da Agência Brasil

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