Por Joana Martins

De acordo com o resultado de uma pesquisa realizada pela Universidade de São Paulo (USP), o vírus da zika tem sofrido mutações em sua estrutura. Ainda não é possível confirmar a existência de um novo vírus, mas caso isso se confirme, a produção de vacinas contra a doença se tornará difícil.

Em entrevista ao Jornal A tarde, o professor Edison Luiz Durigon, responsável pela pesquisa, afirma: “Não posso afirmar que vai surgir um vírus novo, mas está se caminhando para isso”.

Ao ser questionando como isso dificulta na criação da vacina. Ele explica que se isso ocorrer, a procura por uma vacina para combater a doença ficará mais difícil, pois o remédio terá que combater todas as versões do vírus. Por exemplo, a dengue que possui quatro tipos diferentes e não possui vacina para combatê-la.

Durigon ressalta, no entanto, que as modificações ocorridas ainda não podem ser consideradas cientificamente um novo tipo do micro-organismo. Para que se torne um novo vírus, é necessário ter pelo menos 10% de carga genética diferente da versão original, o que ainda não foi identificado.