Dois estudantes foram mortos e outros quatro ficaram feridos em um atentado a tiros no Colégio Goyases, unidade particular localizada na Rua Planalto, no Conjunto Riviera, em Goiânia, no final da manhã desta sexta-feira, 20. O tenente-coronel Marcelo Granja, assessor de comunicação da Polícia Militar de Goiás (PM-GO), confirmou que o autor dos disparos, um adolescente de 14 anos, é filho de um policial militar e a arma usada é da corporação.
O jovem descarregou um pente e foi contido pela coordenadora da escolam que estava na sala quando tentou recarregar a arma. Ele chegou a dizer que iria se matar, mas a professora consegui contê-lo e depois o encaminhou até a biblioteca. Segundo o delegado, o autor dos disparos não pediu desculpas, mas se mostrou arrependido. A motivação principal foi um garoto que o “amolava muito”.
“Ele me disse que se inspirou em duas tragédias: Columbine e Realengo. E pensava em se vingar há aproximadamente dois meses”, informou o delegado Luiz Gonzaga, da Delegacia de Polícia de Apuração de Atos Infracionais, unidade para onde o garoto foi levado.
O coronel da Polícia Militar Anésio Barbosa da Cruz informou que o autor dos disparos era alvo de chacotas de colegas. “Ele estaria sofrendo bullying, se revoltou contra isso, pegou a arma em casa e efetuou os disparos”, disse. Um aluno de 15 anos, que estava na sala no momento do tiroteio, também contou que o adolescente era vítima de piadas maldosas.
Duas adolescentes que estudavam na mesma sala do adolescente que atirou contra colegas nesta sexta-feira, 20, em Goiânia, afirmam que o garoto tinha comportamentos estranhos. Ambas dizem que o jovem já chegou a levar um livro sobre satanismo à escola.
“Numa prova de ética dele, ele desenhou o símbolo nazista, e em uma roda literária, ele levou um livro satânico”, relatou uma das meninas à reportagem. Segundo ela, o episódio aconteceu no ano passado e o garoto não disse onde conseguiu o livro.