A Secretaria de Segurança Pública do Estado da Bahia enviou reforço policial na última quinta-feira (9), para o município de Correntina, no Oeste da Bahia, para evitar novas ocupações às fazendas Rio Claro e Curitiba, como aconteceu no dia 2 de novembro. Durante o protesto, cerca de mil pessoas atearam fogo em galpões, tratores e quebram bombas e pivôs, contabilizando mais de 10 milhões de prejuízos.
O reforço policial foi enviado pelo secretário de Segurança da Bahia, Maurício Barbosa, após o coordenador da Comissão Pastoral da Terra (CPT), Gilmar Santos, informar que novas manifestações foram marcadas para este sábado (11).
De acordo com Barbosa, os policiais estão na cidade não é para oprimir ou intimidar os manifestantes, mas para garantir a preservação da ordem pública e investigar o ocorrido no último protesto.
Para um dos manifestantes, aumentaram o efetivo policial para amedrontar os manifestantes de Correntina. “Muitos políticos estão manipulando e criminalizando todas as manifestações em defesa do Rio Corrente.Estão aproveitando a cobertura da mídia para construir um discurso que não condiz com a nossa realidade. Estão dizendo que o movimento é liderado pelo Movimento dos Sem Terras (MST),mas não é verdade”, disse um manifestante.
A invasão às fazendas tem como pano de fundo a disputa pela água do Rio Arrojado, integrante da bacia do Rio Corrente, um afluente do São Francisco. A polêmica do uso da água se arrasta, pelo menos, desde 2015, quando o Comitê da Bacia do Rio Corrente expediu uma deliberação para que não houvesse novas concessões para uso de recursos hídricos da bacia.
O sistema de irrigação nas duas fazendas possui, ao todo, 32 pivôs para captação de água do Rio Arrojado, que faz parte da bacia do Rio Corrente, composto por 15 rios, seis riachos e cinco córregos.
Com Informações do Portal Folha do Vale