Um cirurgião britânico admitiu em tribunal ter ido além das suas funções ao queimar no fígado de dois pacientes as iniciais do seu nome durante a realização de transplantes hepáticos. Segundo as agências internacionais, Simon Bramhall declarou culpado em tribunal, nesta quarta-feira(13).
Bramhall trabalhou durante 12 anos no Hospital Queen Elizabeth, em Birmingham, foi suspenso em maio de 2013 e, um ano depois, apresentou a demissão, após um processo disciplinar.
O tribunal de Birmingham vai divulgar a sentença do cirurgião no próximo dia 12 de janeiro, tendo classificado o caso como “sem precedentes legais em direito penal”.
O médico usou um instrumento cirúrgico – um termocautério – que sela os vasos sanguíneos – e evita hemorragias – para fazer as iniciais nos órgãos dos doentes. Segundo o procurador Tony Badenoch, o cirurgião escrever as iniciais intencionalmente quando os doentes estavam sob o efeito da anestesia, num claro abuso de posição.
Os crimes foram descobertos quando um outro colega, durante uma cirurgia, descobriu as iniciais no órgão de um dos pacientes.