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Com greve, hortifrutis somem da feira de Guanambi

A greve tem causado falta até de produtos que são produzidos aqui na região

Por Joana Martins | Agência Sertão 

Guanambi está há oito dias sem o abastecimento de produtos hortifruti de outas regiões. Os caminhões responsáveis por transportarem estes produtos fizeram a última entrega na segunda-feira (21). Geralmente, o mercado recebe mercadorias nas segundas e quintas-feiras.

A Central de abastecimento de Guanambi fornece uma boa parte dos comércios da cidade e região. Devido a greve dos caminhoneiros, está sem alguns produtos.” As batatinhas e a uvas estão escassas na feira, já as maçãs ainda restam algumas antigas e murchas”, explica o comerciante Manoel Mendes.

Manoel Mendes trabalha há 10 anos na feira de Guanambi, ele compra alguns produtos na Central de abastecimentos da cidade e outros busca na Lapa. ” As bananas que eu vendo são de Bom Jesus da Lapa e vou duas vezes na semana buscar, só que amanhã eu não vou por falta de combustível”, diz o feirante.

Quando vai buscar bananas ele leva tomates que são plantados na região de Ceraíma. “Sempre compro na mão do meu vizinho  tomates e levo para vender em Bom Jesus da Lapa. Só que dessa vez eu tomei prejuízo, porque não tenho como levar os tomates e vão estragar”, afirma Mendes. Segundo o feirante o prejuízo é estimando em mais de R$ 2 mil.

Combustíveis e gás de cozinha não são encontrados na cidade

Além  de alguns produtos de hortifrutti, os combustíveis e o gás de cozinha não são encontrados na cidade. “Neste final de semana não achei gás em lugar nenhum, precisei comprar um gás em Caetité e pagar a corrida de um táxi duas vezes.  A primeira vez para levar o casco e a outra  para trazer”, disse a dona de casa, Jandira Bonfim.

Para não ficar sem combustível, algumas pessoas estão procurando alternativas, e por consequência pagam um valor superfaturado e  estimula a comercialização de forma ilegal.  Um morador ao qual não quer ser identificado, disse comprar gasolina em Espinosa/ MG e revender em Guanambi a R$ 15 o litro. “Ontem foi a segunda vez que fui em Espinosa pegar gasolina para revender aqui. Pego o meu carro e encho de galões e  na volta, além de encher os galões eu completo o tanque para garantir”, diz o guanambiense. Ele acrescenta, “Está salvando o meu mês, estou conseguindo ter um bom lucro, e a procura é numerosa”.

Os moradores da zona rural que vêm para a cidade nos dias de feira vieram em menor número nesta segunda-feira, os veículos que transportam essas pessoas geralmente rodam a gás e a falta do produto está impedindo o transporte. Esse fator tem causado falta até de produtos que são produzidos aqui na região.

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