O governo cortou incentivos para setores da indústria para bancar os R$ 13,5 bilhões destinados aos subsídios do diesel. Desse total, R$ 4 bilhões serão arrecadados através do fim de programas de incentivos às empresas. Para os R$ 9,5 bilhões restantes, o governo utilizará reservas financeiras e corte de verbas para vários setores, inclusive saúde, educação, moradia e saneamento básico. Para redução dos gastos, também foram canceladas 40 obras em rodovias.
A equipe econômica anunciou o cancelamento de gastos do próprio governo, como recursos para reforçar o capital de estatais e despesas diretas de órgãos. O corte soma R$ 1,2 bilhão, e boa parte desse recurso já estava bloqueado, segundo destaque do secretário de gestão do Ministério do Planejamento, Gleisson Rubin.
O Sistema Único de Saúde (SUS) também será afetado, deixará de receber R$ 135 milhões. A Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco) solicita a mobilização social para reverter a decisão. Em nota, a associação ressalta que entre os cancelamentos existem recursos que iriam para o fortalecimento do SUS, políticas públicas contra as drogas e violência contra mulheres. Para o presidente da Abrasco, Gastão Wagner, a atitude do governo “É um equívoco.”
O chefe da assessoria especial do ministro da Fazenda, Marcos Mendes, defendeu o novo sistema de subsídio. Para o técnico, o auxílio tem como objetivo reduzir preços em um “momento atípico” e criar possibilidades no preço ao consumidor.
Com informações do Estadão