Geovane Santos e Joana Martins | Agência Sertão
O Parque da Cidade de Guanambi surgiu como uma alternativa para possibilitar melhor qualidade de vida para a população. O objetivo inicial era construir um ambiente ecológico com reserva florestal, e diversas espécies de aves. No entanto, nos últimos anos sua estrutura vem sendo degradada, tanto pela falta de manutenção adequada, quanto pelo vandalismo.
Atualmente, cinco funcionários trabalham na manutenção do parque, sendo eles, dois jardineiros, dois vigias e uma faxineira. Quantidade insuficiente para cuidar de toda a extensão do local, além de não contarem com equipamentos adequados para a conservação da área.
Além disso, o parque precisa de reparos que não cabem aos funcionários efetivos, como por exemplo, a finalização da guarita e a manutenção dos banheiros. De todos os sanitários, apenas um masculino funciona, enquanto o banheiro feminino está interditado, devido as infiltrações nos pisos, pia quebrada e vários problemas de encanamento. “Eu limpo todos os dias todos os banheiros, só que não resolve. No banheiro feminino a descarga não funciona em nenhum sanitário e preciso jogar baldes de água. Já no masculino, funciona apenas o banheiro adaptado para deficientes. É este que está atendendo o público”, explica uma funcionária.
O parque também possibilita uma função social de lazer, recreação e saúde; com academia, pista de corrida, caminhada e passeio, áreas de piqueniques e quadra poliesportiva. No entanto, as estruturas precisam de reformas. O lago que deveria ser utilizado para passeios de pedalinhos, está coberto de algas, provavelmente provenientes de acúmulo de matéria orgânica na água.
Segundo um funcionário, estima-se que mais de 500 pessoas frequentem o parque por dia. “Aqui vem muito mais de 500 pessoas por dia. Os alunos da UNEB estão aqui quase todos os dias. E no final do dia o estacionamento fica lotado e aqui dentro mais ainda”, afirma.
No local é proibido a entrada de animais, porém, isso não impede que bovinos e equinos entrem no local, na manhã desta segunda-feira (04), por exemplo, uma vaca pastava pelo parque. Segundo o funcionário, a presença de animais é constante. “Sempre aparece algum animal aqui. Essa vaca por exemplo, eu coloco lá fora e depois ela volta”, afirma. Contudo, o animal expulso do parque gera um novo problema. Em frente ao parque, existe uma BR que da acesso a vários pontos da cidade e outros municípios e assim coloca em risco a vida de condutores que circulam na região. Os animais geralmente não entram pelos portões, muitas vezes são tocados pelos seus donos através do leito do riacho do Belém e passam em baixo da ponte.
De acordo com informações da assessoria da prefeitura, a equipe de manutenção foi acionada ontem para a limpeza do parque. Com relação aos animais, já foram realizadas apreensões dentro do parque, mas, é difícil o controle deles. Questionado sobre as dificuldades de funcionamentos dos banheiros, a prefeitura disse que não sabia dessa demanda e irá acionar a equipe de infraestrutura.
Para o professor Isac Soares, frequentador assíduo do parque, a administração pública precisa olhar com mais carinho para o espaço, no entanto ele ressalta que os frequentadores tem papel muito mais importante na preservação. “É importante que o poder público intervenha sempre na manutenção do parque, mas é preciso a consciência dos usuários para evitar e denunciar vandalismo e depredações. Outra coisa que me preocupa é o entorno do parque, com a construção da rotária na BR, o estacionamento e a segurança do pedestre podem ficar comprometidos”, comenta.