Com as contas bloqueadas, Dolly fecha fábrica e demite funcionários

Publicado por
Compartilhado

Com as contas da empresa bloqueadas após ser acusado de sonegar R$ 4 bilhões em impostos, a fabricante de refrigerantes Dolly informa nesta segunda-feira (18) que decidiu fechar sua fábrica em Tatuí, no interior de São Paulo, e demitir 700 funcionários.

Em maio, o dono da empresa, Laerte Codonho, e outras duas pessoas foram presas em uma ação conjunta entre Ministério Público do Estado de São Paulo, procuradoria e polícia. Na ocasião, a prisão foi justificada como necessária para evitar a destruição de provas. O empresário, que nega ser devedor de um montante tão grande, foi solto dias depois, mas ficou afastado da gestão da empresa e com uma determinação judicial de recolhimento domiciliar.

“Demitimos a fábrica inteira. São cerca de 700 funcionários. Se a conta está presa, não consigo pagar funcionários e também não consigo pagar imposto”, diz Codonho.

Segundo ele, a distribuição do produto está comprometida e as grandes redes de varejo deixaram de receber o produto. “Estamos distribuindo em quantidade menor e tentando nos adaptar. Eu não posso vender para as grandes redes porque elas têm um contrato em que depositam na conta. E se deposita na conta, fica parado”, afirma Codonho.

Além da fábrica de Tatuí, a empresa tem uma unidade em Diadema. A engarrafadora no Rio de Janeiro também está sentindo os efeitos do bloqueio, segundo Codonho.

Em entrevista à Folha, na semana passada, Codonho disse não ter entendido o motivo de sua prisão porque sua empresa vem pagando um parcelamento de débito negociado desde o ano passado. Ele também questiona uma outra operação de que foi alvo em 2017, a operação Clone. O empresário diz ser perseguido por um complô formado entre a procuradoria, que, segundo ele, estaria interessada em receber honorários, e a Coca-Cola, que estaria preocupada com a concorrência da Dolly.

Em resposta à entrevista de Codonho, a Procuradoria Geral do Estado de São Paulo afirmou que os débitos estaduais inscritos em dívida ativa, de responsabilidade do grupo Dolly, estão disponíveis para consulta pública, na página eletrônica do órgão, onde se identifica débito total superior a R$ 1,5 bilhão.

A procuradoria disse também que o bloqueio judicial de bens do grupo Dolly foi determinado em ações ajuizadas pelo Ministério Público e pela Procuradoria, assim como no âmbito federal pela atuação da Procuradoria Geral da Fazenda Nacional.

A Coca-Cola disse, em nota, que “não tem qualquer envolvimento com os processos judiciais que o empresário enfrenta”.

Esta postagem foi publicada em 19 de junho de 2018 11:18

Publicado por

Notícias recentes

Morador registrou Jiboia arco-íris atravessando estrada na Região de Guanambi

Uma Jiboia arco-íris da Caatinga (Epicrates cenchria assisi) foi filmada por um morador do município…

1 de maio de 2024

Programação da Festa de Santo Antônio de Urandi 2024 foi divulgada

Entre os dias 1º e 13 de junho, o município de Urandi, na Região de…

1 de maio de 2024

Concurso da Prefeitura de Irecê encerra inscrições no próximo domingo

Está terminando o prazo para inscrições no concurso público da Prefeitura de Irecê, na Bahia.…

1 de maio de 2024

Apostador da Bahia ganhou R$ 45,5 mil na Mega-Sena desta terça-feira

Ninguém acertou as seis dezenas do concurso 2719 da Mega-Sena, sorteado na noite desta terça-feira,…

1 de maio de 2024

Fundação José Silveira abriu vagas de emprego e estágio em Feira de Santana, Itapetinga, Jequié e Salvador

A Fundação José Silveira (FJS), instituição filantrópica sem fins lucrativos que atende principalmente a população…

1 de maio de 2024

Detran abriu novo leilão com quase 250 veículos e sucatas em Brumado, Eunápolis, Feira de Santana, Guanambi, Ilhéus e Jacobina

O Departamento Estadual de Trânsito do Estado da Bahia (Detran) abriu um novo leilão de…

1 de maio de 2024