A Empresa de Eletricidade do Estado da Bahia (Coelba) vem recebendo diversas reclamações em relação aos transtornos sofridos pelos clientes na hora de pagar os boletos. Só no site Reclame Aqui, plataforma que reúne queixas de consumidores, a Coelba recebeu 1.333 reclamações no último ano.
Cerca de um mês, as 890 casas lotéricas que funcionam no estado pararam de realizar o serviço. O pagamento passou a ser feito nos postos de atendimento da companhia, em agências dos Correios e nos bancos.
A empresa encontra divergências para continuar fornecendo energia no estado e surgem propostas de estatização do fornecimento. Angelo Coronel (PSD), fala sobre a possibilidade da empresa voltar para a gerência do Governo do Estado.
“A ideia de estatizar a Coelba surge, após a privatização, a ideia era que a Coelba fizesse investimentos para melhorar o atendimento a população, mas aconteceu o inverso. A Coelba tem problemas sérios. Tenho dialogado com o governador Rui Costa (PT), sei que teremos problemas de caixa, estamos vendo qual a equação”, explicou Coronel.
De acordo com o superintendente da Procuradoria de Proteção e Defesa do Consumidor da Bahia (Procon-BA), Filipe Vieira, a Coelba pode ser punida por não oferecer um serviço de qualidade. “Pode ser objeto de cobrança de uma multa”, adiantou.
O impasse, segundo a Coelba, se deu por conta do reajuste da tarifa por fatura arrecadada implantado pela Caixa, que agora gira em torno de 54%. “Tornou inviável a manutenção do convênio”, explicou o Gerente de Atendimento da Coelba, Carlos Morais.
Questionado sobre o prejuízo causado ao consumidor, o gerente garantiu que o dano não foi tão grande assim. “Em todo estado, cerca de 800 lotéricas prestavam o serviço. A Coelba possui cerca de 730 pontos do Coelba Serviço, um número próximo”, disse Morais.
Com informações do Metro1.