A inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor da Terceira Idade (IPC-3i), que mede a variação da cesta de consumo de famílias majoritariamente compostas por indivíduos com mais de 60 anos, fechou o segundo trimestre do ano com variação de 2,3%. O resultado é 0,35 ponto percentual superior ao 1,95% relativo ao IPC-BR acumulado de abril e junho – e que mede a variação de preços das famílias de todas as idades e faixas de renda.
Os dados relativos ao indicador foram divulgados hoje (11) pelo Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da Fundação Getulio Vargas (FGV). Com o resultado do 2º trimestre do ano, a inflação acumulada pelo IPC-3i nos últimos 12 meses (a taxa anualizada) ficou em 5,14%, superior também em 0,71 ponto percentual aos 5,14% do IPC-BR acumulado nos últimos 12 meses.
Segundo os dados divulgados pela FGV, na passagem do primeiro para o segundo trimestre do ano, o IPC-3i fechou em alta de 1,41 ponto percentual, ao passar de 0,89% para 2,30%. Seis das oito classes de despesa que compõem o índice registraram acréscimo em suas taxas.
A principal contribuição para o crescimento do IPC-3i no segundo trimestre partiu do grupo Habitação, cuja taxa passou de 0,07% para 3,08%, influenciada pela tarifa de eletricidade residencial, que chegou a crescer 13,97% no período, depois de ter fechado o trimestre anterior com deflação (inflação negativa) de 2,05%.
Também contribuíram para o aumento da taxa do IPC-3i os grupos Alimentação, cuja variação de preços passou de 1,41% para 2,50%; Saúde e Cuidados Pessoais (de 1,59% para 2,55%); Transportes (de 1,61% para 2,39%); Vestuário (de -0,02% para 1,05%); e Comunicação (de -0,13% para 0,09%).
Em contrapartida, tiveram desaceleração de preços os grupos Educação, Leitura e Recreação (de 0,73% para uma deflação de 0,98) e Despesas Diversas (de 0,62% para 0,35%).
Fonte: Nielmar de Oliveira – Repórter da Agência Brasil