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Aneel aprova reajuste e conta de luz pode ficar mais cara

Os novos valores serão válidos de 1º de julho deste ano a 30 de junho de 2019

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A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou nesta terça-feira (17) um reajuste de 45,52% na receita das usinas hidrelétricas mais antigas, que atuam pelo modelo de cotas. O aumento terá efeito médio de 1,54%  nas tarifas de energia elétrica. O impacto será variado conforme a distribuidora, mas será de, no mínimo, 0,02% e, no máximo, 3,86%, disse o diretor  da agência. O repasse será feito no aniversário do reajuste ordinário de cada distribuidora.

Segundo o Correio, o que vai definir o percentual de aumento vai ser a quantidade de energia que cada distribuidora compra dessas hidrelétricas. Portanto, a alta na conta de luz vai ser diferente para os clientes de cada distribuidora.

A receita anual de geração dessas empresas passa de R$ 5,459 bilhões para R$ 7,944 bilhões. A nova tarifa dessas usinas, com tributos, passa de R$ 64,62 por megawatt-hora (MWh) para R$ 101,18 por MWh. Os novos valores serão válidos de 1º de julho deste ano a 30 de junho de 2019.

O maior impacto do reajuste de 45,52% diz respeito ao bônus de outorga, que corresponde a 17,12 pontos porcentuais. O bônus de outorga é a parcela paga ao Tesouro pelas empresas que arrematam as usinas em leilão, que é embutido na tarifa e reajustado pelo IPCA.

O reajuste será aplicado a 69 usinas, cujas concessões foram renovadas nos termos da Medida Provisória 579/2012, atual Lei 12 783/2013. Esse modelo foi o que permitiu a redução de 20% na conta de luz durante o governo da ex-presidente Dilma Rousseff.

Na época, em troca da renovação antecipada das usinas por mais 30 anos, as geradoras aceitaram reduzir as receitas com a venda de energia elétrica  e receber uma remuneração correspondente apenas a operação e manutenção. O regime foi aplicado a 36 usinas, mas não incluía uma parcela para reformas e melhorias, incluída hoje

Depois, em 2015, outras 29 foram leiloadas pelo governo, mas a tarifa já incluía bônus de outorga para o Tesouro Nacional, de R$ 17 bilhões, e uma parcela para reformas e melhorias.

Em 2017, o governo leiloou outras quatro usinas, também com outorga de R$ 11 bilhões, mais a parcela de melhorias.

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