30.3 C
Guanambi
23.5 C
Vitória da Conquista

Bahia: fechamento de fábrica da Petrobras afetará o tratamento de hemodiálise

O alerta vem sendo dado por dirigentes da empresa Carbonor S.A, situada no Polo Petroquímico de Camaçari, única detentora de tecnologia de produção de bicarbonato de sódio para uso farmacêutico

Mais Lidas

A insistência do governo federal em fechar as Fábricas de Fertilizantes Nitrogenados (FAFEN’s) da Petrobrás poderá causar diversos transtornos em pacientes com problemas renais e que necessitam da hemodiálise para sobreviver. O fechamento da FAFEN está previsto para o dia 21 de outubro no Polo Industrial de Camaçari.

O alerta vem sendo dado por dirigentes da empresa Carbonor S.A, situada no Polo Petroquímico de Camaçari, única detentora de tecnologia de produção de bicarbonato de sódio para uso farmacêutico e em especial para hemodiálise no Brasil, atendendo também a outros países na América do Sul.

A Carbonor utiliza dióxido de carbono (CO2) na forma gasosa, recebido por tubovia da unidade da FAFEN-BA, para a produção de bicarbonato de sódio. O CO2 é uma das matérias primas do processo de fabricação e, portanto, indispensável na sua síntese.

De acordo com a Carbonor, para tornar viável a utilização de CO2 gasoso é necessária uma fonte próxima à unidade processadora. Por essa razão, as duas empresas – FAFEN e Carbonor – estão localizadas no mesmo complexo industrial.

Ainda de acordo com a Carbonor, “para garantir custos que viabilizem a produção e permitam a prática de preços competitivos no mercado de bicarbonato de sódio, não é possível a utilização de CO2 liquefeito, em função dos seus altos custos de processamento e transporte e, consequentemente, elevado preço de aquisição”.

O diretor industrial da Carbonor, Ascânio Muniz Pêpe, se mostra preocupado com a situação. Para ele, o fechamento da FAFEN, que produz insumos utilizados por diversas outras empresas, é um assunto muito complexo e que não pode ser decidido de forma tão rápida. “Para nós a melhor opção é que a FAFEN continue operando, mas se isto não for possível, que haja discussão com os interessados sobre o assunto e que se dê um prazo maior para que as empresas busquem alternativas para se reestruturar e suprir a ausência da FAFEN”.

Segundo ele, as empresas que necessitam da Ureia e Amônia também vão ter sérios problemas, mas nada comparado com o que pode acontecer com a Carbonor. Para se ter ideia, informa Pêpe, “o Brasil só importa  menos de 10% de bicarbonato de sódio e a Carbonor tem capacidade para produzir mais de 80% da demanda nacional.

[Via Sindipetro Bahia]

Notícias Relacionadas

Deixe uma resposta

Últimas