As hepatites virais B e C são responsáveis por cerca de 60% dos casos de câncer de fígado e afetam 325 milhões de pessoas no mundo, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS).
No Brasil, dados do novo relatório do Ministério da Saúde mostram que o número no Brasil nunca foi tão alto: 587.821 casos de hepatites virais apenas em 2017. Em 2016, haviam sido 561.058, um aumento de 4,7%). Para este ano, a previsão é de 30.000 novos diagnósticos em relação 2017.
Os números são muito preocupantes, especialmente porque a hepatite é uma doença geralmente assintomática, o que dificulta o diagnóstico precoce. Além disso, quanto mais tardiamente acontece o tratamento, maiores são os riscos de desenvolver doenças mais graves, como câncer de fígado e cirrose hepática.
Segundo a OMS o número de mortes causadas pelas hepatites virais já ultrapassou as do HIV: cerca de 1.340.000 portadores de HIV morrem anualmente, contra 1.750.000 óbitos em decorrência de complicações de hepatites. Apesar dos avanços da medicina, a hepatite ainda é uma doença de difícil erradicação, pois só existe vacina para dois tipos (A e B). Sem a manifestação dos sintomas, muitos não sabem que estão infectados e tornam-se vetores da doença, Diante deste quadro, a melhor forma de evitar a doença ainda é a prevenção.