Morreu, na madrugada desta quarta-feira (22), aos 84 anos, o escritor e professor da Universidade Federal da Bahia (Ufba), Edivaldo Boaventura. Ele havia passado por um cateterismo na tarde desta terça (21) e não resistiu às complicações do procedimento cardíaco.
Bacharel em Direito e em Ciências Sociais pela Ufba, Boaventura era natural do município de Feira de Santana. Ele cursou o Instituto International de Planificação de Educação/UNESCO, em Paris, era mestre e PhD em Educação pela The Pennsylvania State University, nos Estados Unidos. Em 1996, o professor assumiu a direção-geral do jornal A TARDE.
Como professor adjunto, transferiu-se da Escola de Administração para a Faculdade de Educação da Ufba, da qual é um dos fundadores, e entrou para o Conselho Estadual de Educação da Bahia (1968-1983, 1991-1996), presidindo-o de 1976 a 1978.
Boaventura foi secretário de Educação e Cultura da Bahia por duas vezes, uma entre 1970 e 1971 e a outra entre 1983 e 1987. Na última gestão como secretário, foi responsável pela criação da Universidade do Estado da Bahia (Uneb), credenciou a Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS) e impulsionou a criação da Universidade Estadual do Sudoeste Baiano (UESB) e Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC).
Entre os anos de 2007 e 2011, Edivaldo presidiu a Academia de Letras da Bahia. É autor de 40 obras literárias, e em 2016 foi eleito membro da Academia de Ciências de Lisboa (Portugal).
A trajetória do educador foi reconhecida, novamente, pelo governo de Portugal em junho deste ano, quando ele foi condecorado com a Ordem da Instrução Pública no grau de Comendador, pelos serviços prestados à educação e cultura nos dois países de língua portuguesa.
Boaventura deixa esposa e dois filhos, entre eles, o ator e cantor Daniel Boaventura. Ainda não há informações sobre velório e sepultamento.
Com informações do G1.