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Mais de 93% do público-alvo de meninas ainda foi vacinado contra HPV na Bahia

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Mais de 93% do público-alvo de meninas da vacinação contra o vírus HPV ainda não foi imunizado na Bahia, segundo informações divulgadas nesta terça-feira (11) pela Secretaria de Saúde do estado (Sesab).

De acordo com os dados, das 437 mil garotas esperadas entre os meses de janeiro e agosto deste ano, apenas 28.689 mil foram vacinadas no estado.

A procura pela imunização também é baixa entre os meninos. Conforme a Sesab, apenas 14% do público-alvo de garotos foi imunizado do início do ano até agosto. A meta era atingir 268.024 mil garotos, mas apenas pouco mais de 37.500 mil foram vacinados.

A vacina contra o HPV é oferecida gratuitamente nos postos de vacinação dos municípios. Até o ano passado, apenas meninas tinham acesso às doses, mas o Ministério da Saúde ampliou o atendimento para os meninos.

O público-alvo de meninas é constituído por garotas com idades entre 9 e 14 anos. Já os meninos devem ter entre 11 e 14 anos para serem vacinados.

A Sesab atrela a baixa procura da vacina no estado à falta de costume da população. “A gente precisa realmente integrar as ações de saúde, com educação, para melhorar a cobertura vacinal nessas faixas etárias”, disse Vânia Rebouças, técnica de imunização da Sesab.

O médico infectologista Antônio Bandeira explica os riscos da doença e a importância da vacinação na adolescência.

“É um vírus extremamente produtor de câncer. Tanto que ele é um dos causadores de câncer feminino. Uma das maiores mortalidades de câncer em mulheres, no Brasil, é pelo câncer de colo de útero. Se elas não se vacinarem, elas, muito possivelmente, vão ser expostas ao vírus e vão correr o risco de câncer de colo. A mesma coisa para os meninos, porque os meninos servem tanto como transmissores para as meninas, como, também, eles correm risco de câncer de pênis. Então, por mais que os pais achem, muitas vezes, que seus filhos não tiveram iniciação sexual, é fundamental que ele saiba o seguinte: ‘tenho que prevenir de qualquer forma e a prevenção tem que se fazer muito antes dessa iniciação sexual'”, informou.

Via G1 BA

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