O Instituto Federal Baiano – Campus Guanambi lançou uma revista ilustrada com histórias em quadrinhos que visam promover a inclusão da pessoa com deficiência. O projeto “Educação Inclusiva em Quadrinhos: Provocando Reflexões” foi desenvolvido pelo professor Woquiton Fernandes e pelo estudante do curso de Análise e Desenvolvimento de Sistemas Willian Lima, responsável pelas ilustrações da cartilha, além de outros colaboradores.
O projeto tem como objetivo provocar reflexões sobre as atitudes das pessoas diante de situações do dia a dia envolvendo pessoas com deficiência. “A construção das histórias foram baseadas em pesquisas realizadas junto pais, amigos e professores de pessoas com deficiência. Através do relatos de situações e experiências que envolveram posturas preconceituosos, refletimos sobre as barreiras atitudinais para a inclusão das pessoas com deficiência e elaboramos o material pretendendo levar o leitor a reflexão para mudanças de atitudes”, explicou o professor Woquiton.
A projeto foi desenvolvido através de aprovação da proposta em edital conjunto da Pró-reitoria de Pesquisa (Propes) do IF Baiano e da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado da Bahia (Fapesb). Foram impressas 300 cartilhas, distribuídas a bibliotecas e escolas, a versão digital foi disponibilizada em um blog.
As histórias na cartilha contam situações vividas por pessoas com deficiência e familiares. Uma das histórias aborda a situação de pais que têm dificuldades para matricularem seus filhos devido a falta de estrutura das escolas para receberem alunos que necessitam de atenção educacional específica. Outra história fala sobre situações de bullying sofridas por esses estudantes, refletindo sobre a necessidade do debate sobre inclusão, tanto na escola, como no ambiente familiar, com o objetivo de formar pessoas mais compreensivas e solidárias. Ao todo, são 22 páginas com histórias para refletir sobre diversidade, inclusão e respeito.
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Para o professor, contar as histórias de forma ilustrada facilita no processo de reflexão sobre o preconceito. “Por conta da dificuldade das pessoas entenderem sobre atitudes de discriminação, achamos melhor desenhar. Daí, precisávamos tornar isso científico, por isso seguimos toda a metodologia necessária”, disse.
Para o estudante Willian, responsável pelas ilustrações e diagramação da cartilha, o uso de imagens e ilustrações em forma de quadrinhos facilita o entendimento da mensagem que se quer passar. “Ocorre que o processo de inclusão não é uma tarefa fácil, o fato de inserir o aluno no mesmo ambiente de ensino regular, não garante que efetivamente eles possuam as mesmas oportunidades de aprendizagem. É preciso continuamente pensar e repensar formas de estratégias que busquem aproximar as desigualdades de aprendizagem. Por isso, o uso de recursos mais simples e objetivos podem contribuir para facilitar o entendimento da sociedade, mais ou menos instruída, a superar o preconceito”, disse o estudante.
Para acessar a cartilha basta ir até o Blog