Na madrugada desta segunda-feira (21), um fenômeno raro tomará conta do céu: uma “superlua de sangue”. Esse é o nome popular para um eclipse lunar total que ocorre quando a Lua está no ponto mais próximo da Terra (perigeu), daí o “super”, porque fica ligeiramente maior na nossa visão.
Já a parte do “sangue” se deve à cor avermelhada que o nosso satélite natural pode apresentar nesse momento. Isso em razão do alinhamento entre Sol, Terra e Lua. Em um eclipse, a Lua passa pela parte mais profunda da sombra da Terra, conhecida como umbra. Lá, com o planeta bloqueando a luz solar, a luz é refratada pela atmosfera da Terra antes de ser refletida da superfície da Lua, fazendo com que ela apareça vermelha.
Apesar do nome, é importante destacar que a coloração exata depende muito da atmosfera terrestre no momento. A quantidade de partículas e nuvens determina o que podemos ver.
Quão raro isso é?
Dos 87 eclipses lunares totais que vão ocorrer neste século, somente 28 coincidirão com o perigeu. A próxima vez será só em 2036. É bom, portanto, não perder.
Onde e como observar?
O eclipse será visível na América do Norte e do Sul no céu noturno. Em partes da Europa e da África será visto em parte ou na totalidade somente antes do amanhecer. Na Ásia e na Austrália, não será visto.
Na América do Sul, a observação será possível de ser realizada a partir das 00h30, com o eclipse máximo ocorrendo perto das 3h15. A duração total será de cinco horas.
É um fenômeno visível a olho nu. No entanto, quem tiver acesso a um binóculo ou telescópio pode aproveitar com mais detalhes.
Os moradores de regiões com menos iluminação e obstáculos no horizonte se beneficiam. Na cidade, tente fugir de ruas muito iluminadas.
E se o céu estiver fechado?
Aí a dica é ver a “superlua” online. O site do Slooh Community Observatory, por exemplo, fará transmissão a partir da 1h30. Já no site Time and Date a exibição começa à 1h, no horário de Brasília.
Via Galileu