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Há 59 anos, Guanambi sofria com rompimento da barragem do Gentio

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Tiago Marques | Agência Sertão

No último dia 2 de fevereiro fez 59 anos que a barragem do Gentio se rompeu após fortes chuvas e alagou a cidade de Guanambi. A barragem ainda estava em construção quando aconteceu o rompimento em 1960. Seis anos depois, ela foi reconstruída e inaugurada, passando a ser chamada de barragem de Ceraíma.

O rio Carnaíba de Dentro não suportou a vazão e a água invadiu algumas ruas da cidade. Segundo relatos históricos narrados no livro “Guanambi – Aspectos Históricos e Genealógicos”, do escritor Dário Cotrim, muitos moradores ficaram desabrigados ou desalojados, duas pessoas e muitos animais morreram. A foto histórica, extraída do mesmo autor, mostra a água invadindo a rua em frente à Casa de Dona Dedé, hoje “Memorial Casa de Dona Dedé”.

Foto da obra da barragem publicada no Jornal Foha de São Paulo em 13 de agosto de 1959, menos de seis meses antes do rompimento.

O rompimento aconteceu pouco mais de um ano após a Vila do Gentio ficar submersa com a construção da barragem. As fortes chuvas atingiram a cabeceira dos rios e córregos que abastecem a barragem e o volume de água não foi suportado. Segundo o livro, o rompimento aconteceu às 17h30.

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No livro “Gentio – uma Vila Submersa”, da escritora Terezinha Teixeira Santos, ela narra a história da construção da barragem e as memórias da vila histórica que existia no local. Segundo o livro, em 1948, o Departamento Nacional de Obras Contra a Seca (Dnocs) decretou de utilidade pública a área onde existia a Vila do Gentio desde 1810 e iniciou a construção da barragem. A obra só foi concluída 18 anos após o seu início, em 1966, seis anos depois do rompimento.

Inauguração da Barragem em 1966 – Foto: Gentio – Uma Vila Submersa – Teresinha Teixeira Cotrim

A barragem possui capacidade de armazenar 58 milhões de metros cúbicos de água. Atualmente ela está com 38,8 milhões de metros cúbicos de armazenamento, 75,9% de sua capacidade. Sua água complementa o sistema de abastecimento de água da Adutora do Algodão e em breve vai voltar a fornecer água para 112 agricultores do perímetro irrigado de Ceraíma. A barragem hoje é considerada segura pelos órgãos de controle, em 1992 ele atingiu sua cheia, resistindo à sua capacidade máxima.

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