A Mesa Diretora da Assembleia Legislativa recebeu nesta terça-feira (12) a diretoria da Bahia Mineração (Bamin). Além dos componentes da Mesa, estiveram presentes líderes e vice-líderes de bancadas e partidos, totalizando 28 deputados.
Na ocasião, a empresa apresentou os avanços do Projeto Pedra de Ferro, em implantação nos municípios de Caetité e Pindaí, na região da Serra Geral. Segundo a assessoria de comunicação da Bamin, a barragem de rejeitos que a empresa pretende construir no leito do riacho Pedra de Ferro terá capacidade para armazenar 180 milhões de metros cúbicos.
De acordo com a Agência AL-BA, a perspectiva é produzir 18 milhões de toneladas de minério de ferro por ano, fazendo da Bahia o terceiro maior produtor de minério de ferro do Brasil.
A deputada Ivana Bastos, 2º vice-presidente da AL-BA e proponente do encontro, explica que o objetivo da reunião foi promover um amplo debate sobre a realidade da mineração no estado. “A reunião teve a finalidade de esclarecer o processo de implantação do projeto integrado da Mina de Ferro, em Caetité, do Porto Sul e da Ferrovia Engenheiro Vasco Azevedo Neto (antiga Fiol). Também tratamos, em especial, dos aspectos referentes à segurança que devem nortear a construção e operação de barragens de rejeitos”, explicou.
O presidente da Casa, deputado Nelson Leal afirmou que o aspecto segurança é quesito essencial para efetivação dos empreendimentos, levando em consideração as tragédias ocorridas em Mariana e Brumadinho (MG).
Os executivos da Bamin, empresa do grupo Eurasian Resources Group, apresentaram o projeto da barragem, destacando que será utilizado o modelo de alteamento à jusante. O diretor financeiro da empresa Alexandre Aigner explica que o modelo proposto para Mina de Ferro é diferente das barragens em Minas Gerais. “Ao contrário do alteamento a montante, o processo a jusante é feito para fora e para baixo do barramento. Exige mais material para construção da nova parede de contenção”.
O diretor pontua ainda que o material para altear a barragem a montante é depositado em cima do próprio rejeito sedimentado, o que reduz o custo da estrutura, enquanto a barragem a jusante é mais segura e mais resistente às atividades sismológicas e ressalta que a empresa tem se preparado para atender a todas exigências ambientais e de segurança do estado.