Os 31 Bombeiros Militares da Bahia que estavam na força-tarefa para ajudar no resgate das vítimas na região atingida pelo rompimento da barragem Mina Córrego do Feijão, ocorrido no dia 25 de janeiro, em Brumadinho, Minas Gerais, retornam à capital baiana nesta quinta-feira (14).
Eles chegaram em Minas no dia 3 de fevereiro e a previsão inicial é que ficassem até o dia 3 de março. Questionado, o Corpo de Bombeiros da Bahia informou que está havendo uma desmobilização das equipes de outros estados porque, a partir de agora, o trabalho maior é com as maquinas e o estado tem pessoal suficiente para realizar esse trabalho.
Os bombeiros vão chegar na sede do comando-geral, na Barroquinha, às 17h, onde vão ser recebidos pelo comandante-geral do Corpo de Bombeiros Militar da Bahia (CBMBA), o coronel BM Francisco Telles.
Especialistas em busca e resgaste em estruturas colapsadas (Brec), os militares atuaram na chamada zona-quente, áreas complexas, cujo acesso se dava através de helicópteros, por conta da instabilidade do solo.
Os militares levaram equipamentos de busca, como câmeras térmicas e ferramentas de corte, e quatro veículos de tração, a pedido do Corpo de Bombeiros de Minas Gerais.
Segundo o Correios, os 31 bombeiros que estão em Brumadinho formam um grupo de elite do Corpo de Bombeiros da Bahia. Eles estão no quartel do 3º Grupamento Bombeiros Militar (Iguatemi) e são especializados em Busca e Resgate em Estruturas Colapsadas (BREC). Os militares são capacitados para atuar em zonas de escombros, galerias, espaços confinados, áreas imundas e alagadas, bem como locais de difícil acesso.
Esta não é a primeira vez que tropas baianas atuam em operações fora do estado. Neste ano, no dia 5 de janeiro, o governador Rui Costa enviou 100 policiais militares de batalhões especializados para apoiar as polícias cearenses – o estado viveu uma onda de ataques violentos do tráfico de drogas. O custo do envio da tropa para auxiliar na crise se segurança pública será reembolsado pelo Ceará.
A tropa que ajuda nas buscas em Brumadinho já atuou em diversas ocorrências na capital baiana, como o desabamento de um prédio em Pituaçu em Salvador, onde quatro pessoas morreram em março do ano passado. Entraram em ação também na tragédia de Lajedinho, em 2013, quando um temporal atingiu a cidade baiana e deixou 17 mortos e 600 desabrigados.