O cultivo do algodão sustentável, conhecido como agroecológico, ganha este ano uma categoria especial no Prêmio de Tecnologias Sociais, da Fundação Banco do Brasil. Serão premiados modelos de organizações e comunidades na produção do algodão agroecológico.
“Não é só o algodão em si, mas o que está no entorno dele. Fazer com que a comunidade utilize, sim, o algodão agroecológico, mas com o viés de geração de emprego, de renda”, disse o presidente da fundação, Asclepius Soares, o Pepe.
Criado em 2001, o prêmio reconhece métodos ou conhecimentos que possam ser utilizados pelas comunidades para resolver um problema social local. Além do algodão agroecológico, as outras duas categorias especiais são: Mulheres na Agroecologia, que reconhecerá tecnologias que promovem a atuação das mulheres no setor, e Primeira Infância, que vai identificar tecnologias sociais que promovam ações que abordem as dimensões do desenvolvimento infantil (linguagem, cognitivo, motricidade e socioafetividade), o fortalecimento de vínculos familiares e o exercício da parentalidade
Os melhores projetos são premiados e recebem ainda certificações, espécie de selo à tecnologia social. Este ano, haverá prêmios em dinheiro para as três melhores tecnologias sociais de cada categoria, totalizando mais de R$ 700 mil. Serão R$ 50 mil para o primeiro colocado, R$ 30 mil para o segundo e R$ 20 mil para o terceiro lugar. Desde a primeira edição, foram distribuídos R$ 4,8 milhões em prêmios, incluindo a deste ano. As quatro categorias nacionais são: Cidades Sustentáveis e/ou Inovação Digital, Educação, Geração de Renda e Meio Ambiente.
O Banco de Tecnologias Sociais (BTS), criado pela Fundação BB, conta atualmente com 986 projetos certificados durante os 18 anos do prêmio, que é concedido a cada dois anos.
Podem concorrer universidades e institutos ligados a empresas até entidades pequenas da sociedade civil. As inscrições vão até o próximo dia 21. Os vencedores devem ser anunciados na primeira semana de outubro. A entrega dos prêmios ocorrerá no dia 10 de outubro, em Brasília. O regulamento pode ser acessado pelo site. Os finalistas vão receber um troféu e um vídeo sobre a iniciativa, que será divulgado.
Para Pepe, o prêmio é um cartão de visitas para os vencedores. “Tem a capacidade de potencializar as entidades que desenvolvem essas tecnologias”, disse.
América Latina
Pela segunda vez, serão premiadas boas práticas de países da América Latina e do Caribe e que possam ser trazidas para o Brasil. É uma via de mão dupla, disse Pepe, na medida em que aqueles países podem também fazer uso das tecnologias sociais desenvolvidas no Brasil.
Fonte: Alana Gandra – Repórter da Agência Brasil