Após veiculação de notícias sobre a presença de agrotóxicos na água distribuída no Brasil, a partir de resultados de análises registrados entre 2014 e 2017 pelo Sistema de Informação de Vigilância da Qualidade da Água para Consumo Humano (Sisagua), a Empresa Baiana de Águas e Saneamento (Embasa), divulgou na tarde desta segunda-feira (22), uma nota onde nega que a água distribuída aos baianos esteja contaminada por agrotóxicos.
Conforme a nota, a interpretação dos dados divulgados pela ONG Repórter Brasil e a outra Suíça, em algumas matérias jornalísticas não informa que os níveis detectados nas amostras dos municípios citados estão bem abaixo do Valor Máximo Permitido (VMP) pelo Ministério da Saúde.
A empresa destaca ainda que no período considerado na investigação (2014-2017), os equipamentos e procedimentos utilizados nas análises da Embasa indicavam com precisão a presença quase nula, ou em concentração inferior ao VMP, de 23 das 27 substâncias de agrotóxicos monitoradas nas análises.
De acordo a Embasa, para acompanhar os aperfeiçoamentos ocorridos nos últimos anos no método de controle da qualidade da água, a empresa investiu em equipamentos de alta precisão para fornecer informações com alto grau de confiabilidade e, assim, contribuir para o fortalecimento da rede de segurança da água para consumo humano.
No entanto, de acordo com a pesquisa três tipos de agrotóxicos foram encontrados em níveis acima do permitido pela legislação brasileira e se forem considerados os parâmetros usados na União Europeia, outros doze produtos encontrados estariam acima dos limites considerados seguros para consumo humano.
Com relação ao quantitativo de cada agrotóxicos presente na água, nem a pesquisa e tão pouco a Embasa divulgaram. Sendo assim, a Agência Sertão solicitou os dados para a empresa, a qual ficou responsável por enviar nos próximos dias.