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Mulher que morreu após sofrer aborto não tomou remédio caseiro, diz a família

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Uma gestante morreu após sofrer um aborto espontâneo no Hospital Regional de Guanambi (HRG), na noite de segunda-feira (13). A vítima era moradora na fazenda Corcunda, zona rural de Guanambi. A gestante foi identificada por Antônia Prates Abrantes da Silva, de 35 anos, a qual sonhava em ser mãe e sabia dos riscos.

Após a morte da dona de casa, alguns veículos de comunicação divulgaram que ela havia ingerido um tipo de chá para provocar o “aborto caseiro”. As notícias que tiveram grande repercussão na região foram produzidas baseadas em falácias, e em nenhuma foi citada a versão dos parentes da vítima.

Uma prima da vítima afirmou ao portal Folha do Vale na manhã desta quinta-feira (16), que Antônia deu entrada na emergência do HRG na noite de sexta-feira (10), com fortes dores, mas foi liberada após realizar um ultrassom. “No sábado ela retornou ao HRG, foi quando decidiram internar Antônia. O bebê só foi retirado na segunda-feira e minha prima não resistiu”, comentou.

A família suspeita que Antônia tenha contraído infecção generalizada durante o período de internação, mas só o resultado do exame de necropsia poderá confirmar. “Jamais Antônia faria qualquer coisa para abortar o filho. Ela fazia o acompanhamento no PSF de Mutans e sabia dos riscos, só que mesmo assim decidiu engravidar mais uma vez”, comentou a prima, ressaltando que esse é o quinto aborto que a Antônia teve.

Procurado pelo portal Folha do Vale, a direção do HRG respondeu que não tem informação sobre o acontecimento porque está viajando, mas vai apurar e prestar todos os esclarecimentos necessários.

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