Chocolate com grilo, hot dog de banana e comida sustentável. Esses são alguns dos sabores da gastronomia do futuro, que foram apresentados durante o evento Taste Tomorrow Brasil, realizado em São Paulo nesta semana. O evento mostrou também diferentes sabores da Ásia, Oriente Médio e de lugares desconhecidos da América do Sul.
Além das comidas, o evento apresentou uma pesquisa com as tendências gastronômicas do Brasil e do mundo. O estudo foi encomendado por uma multinacional do setor de panificação, confeitaria e chocolate e foi feito pelo Instituto de Pesquisa Ipsos. O levantamento mediu o que as pessoas esperam desse setor em 2030. De acordo com os dados, 73% dos brasileiros gostam de provar novas texturas alimentares, 59% buscam “pratos bonitos aos olhos” e 57% buscam pelo sabor. As perguntas foram feitas para mais de 17 mil consumidores, em 40 países. No Brasil a pesquisa foi feita com 1,2 mil pessoas.
Nas regiões da Ásia, Oriente Médio e América do Sul os consumidores estão mais otimistas que a comida ficará mais saborosa no futuro – em 2030. No Brasil, 39% dos entrevistados opinam que a comida ficará mais saborosa, 45% dizem que será a mesma coisa e 16% afirmam que a comida ficará menos saborosa.
Ainda sobre o sabor dos alimentos, a pesquisa mostra que ele continua entre os três principais quesitos de escolha de um produto nos segmentos de panificação, confeitaria e chocolate. O preço ficou na segunda posição como um dos fatores decisivos no momento da compra. O cheiro também é um fator que encoraja os consumidores a comprarem e provarem o pão. Além disso, a pesquisa aponta que comidas com texturas diferentes são mais atraentes. Assim, a textura se tornou um componente chave quando o assunto é sabor, pois proporciona uma nova experiência ao consumidor.
A pesquisa mostra ainda que 87% dos brasileiros entrevistados concordam que o aroma faz com que as pessoas queiram comprar ou experimentar pães; 73% dos brasileiros entrevistados gostam de provar comida com texturas diferentes e 59% dos brasileiros acreditam que a comida ‘bonita aos olhos’ é também saborosa.
Comida saudável
Globalmente, os consumidores acreditam que a comida ficará mais saudável no futuro. Consumidores da Ásia e do Pacífico são os mais otimistas se comparados a outras regiões. No Brasil, 36% dos entrevistados disseram que a comida será mais saudável no futuro, número maior que a expectativa global, que ficou em 34%. Ainda no Brasil, 33% das pessoas acham que será a mesma coisa e 30% acreditam que a comida será menos saudável.
Segundo a pesquisa, muitos consumidores estão procurando triar alguns ingredientes de seus alimentos, como o açúcar, em busca de saúde. Da mesma forma, esses mesmos consumidores estão incluindo ingredientes que acreditam ser mais saudáveis em seus cardápios, como proteína e fibras.
O levantamento mostra que 80% dos entrevistados no Brasil acreditam que diminuir o açúcar é benéfico para a saúde; 83% dos brasileiros entrevistados concordam que fibra tem um efeito positivo na digestão; 74% dos brasileiros concordam que adicionar ingredientes na panificação – como proteínas e fibras – é algo bom para saúde e 76% dos brasileiros acreditam que remover gordura é saudável.
Comida fresca
De acordo com a pesquisa, entre as regiões analisadas existe uma grande diferença nas expectativas sobre o frescor dos alimentos. Enquanto na Ásia e Pacífico 47% dos consumidores acreditam que a comida será mais fresca em 2030, na Europa apenas 19% dos entrevistados pensam assim. No Brasil, 32%, opinam que a comida será mais fresca no futuro, 34% acham que será a mesma coisa e 34% acham que a comida será menos fresca em 2030.
Comidas frescas mantém a percepção de mais qualidade se comparada a comidas embaladas. No Brasil, 81% dos entrevistados acreditam que a comida que você mesmo faz é mais fresca que a comprada, mas 62% concordam que hoje em dia é mais fácil comprar comida fresca.
Fonte: Ludmilla Souza – Repórter da Agência Brasil