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Barragem se rompe e moradores são obrigados a deixar casas na Bahia

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A barragem Quati se rompeu na manhã desta quinta-feira, 11, no povoado de Pedro Alexandre (BA), localizado a 437 quilômetros de Salvador. Não há relatos de mortes e feridos.

De acordo com a Defesa Civil da cidade, o excesso de chuva na região do Rio do Peixe pode ter contribuído para o rompimento da barragem, que pertence, segundo o órgão, ao governo do Estado da Bahia. A barragem de água se rompeu às 11h no distrito de Quati.

Segundo Carla Leão, coordenadora da Defesa Civil de Pedro Alexandre, em 24 horas choveu cerca de 100 milímetros na região. “Desde as 7h20 nós já estávamos avisando a população da região. Fomos avisando via internet e ligando para que os moradores deixasse suas residências”, disse Carla.

De acordo com a Defesa Civil local, três casas ficaram inundadas e a cidade segue ilhada pela quantidade de água e lama na região.

A Superintendência de Defesa Civil da Bahia (Sudec) informou que a grande quantidade de lama nas estradas dificulta o acesso e o atendimento à população.  Temendo que o lamaçal alcance a cidade, o prefeito do município vizinho Coronel João Sá, Carlinhos Sobral, usou as redes sociais para alertar a população a procurar ajuda. Na postagem, o gestor cita as escolas municipais disponíveis para acolher a comunidade.

Em nota, a Agência Nacional de Águas (ANA) informou que tomou conhecimento do rompimento da barragem Quati e que  acompanha a situação. “Por se tratar de uma barragem em rio estadual, a fiscalização desse açude não compete à ANA, e sim à autoridade competente no estado da Bahia”.

A água bloqueou a rodovia BR-235, na altura do quilômetro 25, trecho que liga os municípios de Jeremoabo (BA) e Carira (SE). Segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF) na Bahia, a estrada está intransitável nos dois sentidos por causa do transbordamento do Rio do Peixe. Uma equipe da PRF foi deslocada até o local.

Uma moradora de Coronel João Sá diz que a água na cidade segue subindo na tarde desta quinta, cerca de cinco horas após a barragem apresentar problemas. “A cada minuto que passa, a água eestá subindo mais”, diz a lavradora Sirleide da Silva. “Muita gente perdeu os móveis”.

 

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Ana Paula Niederauer e Heliana Frazão, O Estado de S.Paulo

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