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Acidentes com escorpião aumentam 30% em SP no primeiro semestre

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O número de acidentes com escorpiões na cidade de São Paulo, resultando em picada, aumentou 29,67% no primeiro semestre deste ano na comparação com o ano passado. De janeiro a junho desde ano, foram 118 acidentes. Em 2018, foram 91 acidentes no mesmo período.

Os dados foram fornecidos pela Coordenadoria de Vigilância em Saúde (Covisa) da Secretaria Municipal da Saúde (SMS) de São Paulo, com base no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan) do governo federal.

“A ocorrência de acidentes com escorpião deve-se à ocupação irregular do solo e descarte inadequado de lixo especialmente material de construção, o que atrai insetos e animais como baratas, alimento natural do escorpião”, informou a secretaria municipal.

O que fazer em caso de acidente com escorpião

A Secretaria Municipal de Saúde dá as seguintes orientações:

  •  Retirar sapato, anel, pulseira ou fitas que funcionem como torniquete;
  •  Lavar somente com água e sabão o local da picada;
  •  Fazer compressas mornas (compressas frias pioram a dor);
  •  Procurar atendimento no serviço de saúde mais próximo;
  •  Se possível, levar o animal para identificação.

Hospital Vital Brasil, do Instituto Butantã, referência em atendimento em casos de acidentes com animais peçonhentos, atende 24 horas, todas as ocorrências incluindo acidentes com escorpiões, além de dar orientações por telefone (11) 3723-6969, (11) 2627-9529, (11) 2627-9530.

Hábitos do escorpião

Informações da Superintendência de Controle de Endemias, da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo, dão conta de que a principal fonte de alimento dos escorpiões são os insetos e pequenos animais, como aranhas, grilos, pássaros, roedores e barata.

O escorpião pode se alimentar também de outros escorpiões. Os principais predadores naturais do escorpião são lacraias, sapos, gaviões, corujas, macacos, lagartos, galinhas e camundongos.

No ambiente urbano, os escorpiões se escondem em locais que se assemelham à condição da natureza como vãos, frestas, buracos, entulhos entre outros. Exemplos desses locais do habitat em meio urbano são subsolo de edificações, imóveis inacabados, galerias de esgoto domiciliar, materiais de construção e vasos de plantas.

Nas residências, locais próximos a ralos, vigas, sótãos, forros e espaços atrás de móveis e telas podem atrair escorpiões. Cemitérios e terrenos baldios também são considerados áreas vulneráveis, além de praças e áreas externas de domicílios malconservadas.

Segundo informações da Secretaria Estadual de Saúde, após a picada de um escorpião o veneno provoca uma estimulação de terminações nervosas sensitivas o que causa o aparecimento de dor intensa, edema e eritema discreto (vermelhidão), sudorese (aumento de suor) próximo da picada e piloereção (arrepio) na região.

Prevenção de acidentes

O Centro de Vigilância Epidemiológica (CVE) do estado de São Paulo tem algumas orientações para prevenir acidentes com escorpiões. São elas:

  •  Manter jardins e quintais limpos;
  •  Evitar o acúmulo de entulhos, folhas secas, lixo doméstico e materiais de construção nas proximidades das casas;
  •  Evitar folhagens densas (plantas ornamentais, trepadeiras, arbusto, bananeiras e outras) junto a paredes e muros das casas;
  •  Manter a grama aparada;
  •  Limpar periodicamente os terrenos baldios vizinhos, pelo menos, numa faixa de um a dois metros junto às casas;
  •  Sacudir roupas e sapatos antes de usá-los, pois aranhas e escorpiões podem se esconder neles e picam ao serem comprimidos contra o corpo;
  •  Não pôr as mãos em buracos, sob pedras e troncos podres. Usar calçados e luvas de raspas de couro para atividades em que seja preciso colocar a mão e pisar em buracos, entulhos e pedras;
  •  O escorpião apresenta hábito noturno, e assim, para evitar sua entrada nas casas, deve-se vedar as soleiras das portas e janelas quando começar a escurecer;
  •  Usar telas em ralos do chão, pias ou tanques;
  •  Vedar frestas e buracos em paredes, assoalhos e vãos entre o forro e as paredes, consertar rodapés despregados, colocar saquinhos de areia nas portas, colocar telas nas janelas;
  •  Afastar as camas e berços das paredes;
  •  Evitar que roupas de cama e mosquiteiros encostem no chão;
  •  Não pendurar roupas nas paredes;
  •  Acondicionar lixo domiciliar em sacos plásticos ou outros recipientes que possam ser mantidos fechados, para evitar baratas, moscas ou outros insetos que servem de alimento para os escorpiões.

Fonte:  Camila Boehm – Repórter da Agência Brasil 

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