Pinacoteca apresenta exposição do artista Marepe

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A partir de hoje (27), a Estação Pinacoteca, em São Paulo, recebe a primeira grande exposição individual do artista baiano Marepe. A exposição Marepe: Estranhamente Comum apresenta um conjunto de 30 obras do artista que contam a trajetória de 30 anos do artista. A mostra tem curadoria de Pedro Nery e permanece na Pinacoteca até o dia 28 de outubro.

Marcos Reis Peixoto, o Marepe, nasceu em Santo Antônio de Jesus, no Recôncavo Baiano, em 1970. A cidade conecta o sertão ao mar, sendo um importante eixo por onde passam diversas mercadorias, o que inspirou parte da obra do artista. Sua referência são as tradições populares nordestinas, que ele recria por meio de instalações com objetos do cotidiano, tais como latas de cerveja, trouxas de roupa, caixas de cigarro ou papelão, madeira. Para suas obras, Marepe retira os objetos de suas funções cotidianas e altera suas escalas, formas e significados, criando peças oníricas.

Segundo o curador da exposição, Marepe sempre recorreu a três verbos para construir a sua arte: mover, transformar e condensar, que vão nortear a exposição. “Os verbos não são pensados como algo fechado, e sim como elemento guia, permitindo aprofundar o olhar simbólico que as próprias obras sugerem“, explicou Nery.

Palmeira Doce/Reprodução de Vídeo/Cortesia Galeria Luisa Strina/Direitos Reservados

Com o verbo Mover estarão reunidos os trabalhos que demonstram a ação de retirar o objeto de seu circuito usual – comercial, urbano ou produtivo – para inseri-lo no campo artístico. Aqui se encontram obras como Mudança e Embutido Recôncavo, feitas com móveis de madeira e que são apresentadas juntas, remetendo à vida de pessoas que se deslocam de maneira precária. “O ato de mover é, em Marepe, mudar tudo de lugar, desintegrar as relações que parecem ser ordinárias. É tirar do lugar o que convencionamos acreditar ter ordem, para procurar a própria realidade que subjaz ao nosso redor”, disse o curador.

Já em Transformar estarão expostos trabalhos cujos objetos sugerem um novo arranjo narrativo. O Retrato de Bubu traz a imagem do avô do artista que foi pendurado ao lado do retrato de Georges Pompidou. Ao sustentá-los, sob a mesma linguagem, o artista coloca o ex-presidente francês e seu avô Bubu em pé de igualdade.

Em Condensar, há os trabalhos que beiram a livre associação. Exemplo disso são as imagens Doce Céu de Santo Antônio, em que o artista é visto de baixo para cima retirando um pedaço de algodão-doce contra o azul do céu e trazendo para sua boca, comendo um pedaço de nuvem desse céu doce imaginado, misturando sonho e realidade.

A entrada para a exposição na Estação Pinacoteca é gratuita.

Edição: Narjara Carvalho

Esta postagem foi publicada em 29 de julho de 2019 11:36

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