Peritos do Instituto de Criminalística Carlos Éboli voltaram hoje (17) ao Hospital Badim e levaram uma peça do gerador, que seria importante para a conclusão do laudo que apontará as causas do incêndio no prédio do hospital acontecido na quinta-feira (12). O equipamento está instalado no subsolo do hospital, local onde teria iniciado o incêndio e onde estão instalados também quatro tanques com capacidade para armazenar 250 litros de óleo diesel cada um. O hospital não informou se os quatro depósitos estavam com a capacidade máxima de óleo.
A Polícia Civil sabe que o hospital usava o gerador, mesmo sem falta de energia na região do Maracanã, como uma forma de economizar na conta de luz, porque o uso do gerador movido a óleo diesel é bem mais econômico. Os peritos vão analisar se o uso do equipamento com maior frequência pode ter determinado o curto-circuito que gerou o incêndio no prédio, com o desprendimento de rolos de fumaça tóxica, que se espalharam por todos os andares do prédio e atingiram rapidamente o Centro de Tratamento Intensivo (CTI), onde estavam os pacientes mais idosos.
Mais duas mortes
Na madrugada desta terça-feira, Áurea Martins de Oliveira, 87 anos, vítima do incêndio no Hospital Badim, morreu no Hospital Samaritano, em Botafogo. Mais tarde, no Hospital Israelita Albert Sabin, no bairro do Maracanã, morreu uma mulher de 98 anos, ainda não identificada, também vítima do incêndio. Até agora foram 14 mortes confirmadas.
A direção do Hospital Badim informou que mais sete pacientes que estavam internados receberam alta hoje. Ao todo, 43 pacientes permanecem em unidades de saúde do Rio de Janeiro.
De acordo com a assessoria do hospital, “a maior parte das pessoas está internada para a continuidade do tratamento das patologias que motivaram suas admissões no Hospital Badim e não por conta da inalação de fumaça”.
Edição: Fábio Massalli