Os institutos de meteorologia acertaram a previsão para o último fim de semana em Guanambi. Como é comum na primavera, a temperatura chegou próximo aos 40ºC na tarde deste domingo (20). Após a onda de calor, deve chover na região.
A estação meteorológica do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), instalada no Aeroporto de Guanambi, registrou máxima de 39,5ºC das 14h às 16h. A umidade relativa do ar chegou a 12%.
O registro deste domingo foi o segundo maior desde 2008, quando o Inmet começou a medição. No dia 21 de outubro de 2015, também foi registrada esta mesma temperatura.
Menos de um mês depois, no dia 13 de novembro, a estação marcou máxima de 40,6 ºC, a maior da série histórica.
O dia já amanheceu quente neste domingo, a temperatura mínima foi de 26,4ºC. Antes de meio dia o termômetro marcou 37,1ºC.
Os ventos que amenizam o calor também ficaram mais fracos, as rajadas não passaram dos 30 km/h. Na semana passada foram registradas rajadas de até 60 Km/h, o que deixou as manhãs mais frescas.
A temperatura só não superou os 40ºC por conta da nebulosidade que começou a entrar na região, encobrindo o sol por alguns minutos durante a tarde.
O termômetro só marcou temperatura abaixo dos 30ºC a partir das 23h. O vento voltou a soprar forte e as rajadas de 50 Km/h ajudaram a refrescar a madrugada.
Chuva
A semana começa com possibilidade de chuva em Guanambi e municípios da Região a partir desta segunda-feira (2). Segundo os principais institutos de meteorologia, o tempo deve ficar instável pelo menos até sexta-feira (25).
No início da madrugada desta segunda-feira (21), os modelos meteorológicos estavam prevendo acumulado de chuva entre 20 e 38 mm em média no município de Guanambi no período.
Os maiores volumes estão previstos para as regiões de Carinhanha, Iuiú, Malhada e algumas regiões de Palmas de Monte Alto e Sebastião Laranjeiras. Nestas localidades, o acumulado da semana pode passar dos 60 mm.
A quarta (23) e a quinta-feira (24) são os dias com maior probabilidade de chuva e também e maiores volumes. As previsões apontam que deve voltar a chover no início da segunda quinzena de novembro e que o mês de dezembro poderá ser de chuvas regulares na região.
Como é comum na região, após a onda de calor, costuma vir a chuva. Foi assim no final e setembro, quando ocorreram pancadas de chuva isoladas na região após uma semana de dias com altas temperaturas.
A amplitude térmica registrada nos últimos dias têm chegado à variação de até 15ºC durante o dia. As mínimas registradas no início das manhãs foram entre 20ºC e 22ºC, potencializadas pelos ventos fortes cujas as rajadas chegam à velocidade de 60 Km/h.
Seca
A seca registrada este ano tem preocupado agricultores e pecuaristas. A estiagem agrícola, período sem registro de chuva de pelo menos 10 mm, completou 192 dias nesta segunda-feira.
Em Guanambi a Prefeitura precisou reforçar o abastecimento de água potável contratando mais caminhões pipas para atender as comunidades rurais.
Em algumas localidades, a mortandade de animais tem sido frequente devido a falta de água e pastagens, principalmente do rebanho bovino.
Cuidados com a saúde
Todo esse calor vem acompanhado de baixa umidade do ar. As autoridades mundias de saúde consideram como crítico, índice de umidade abaixo dos 30%.
Nestas condições não são recomendadas atividades físicas ao ar livre durante o período mais quente do dia, entre 11h e 16h. Também é necessário redobrar a atenção com a hidratação.
A baixa umidade do ar também contribui com a drástica amplitude térmica, diferença entre a temperatura máxima e a temperatura mínima registradas num determinado período de tempo. Com a umidade do ar baixa, a temperatura cai rapidamente após o por do sol.
Com essas variações bruscas na temperatura, o corpo humano funciona como uma montanha-russa de altos e baixos velozes demais para que o organismo consiga se adaptar.
Como o corpo não se adapta, tanto o calor excessivo quanto a umidade causam impacto nas vias respiratórias. A consequência, segundo especialistas, é o aumento na incidência de alergias como rinite, sinusite e asma, e infecções respiratórias (pneumonias).
Uma sugestão médica para que as pessoas verifiquem se estão com a hidratação adequada é a observação da urina. Quanto mais próxima a coloração estiver da água, mais hidratada uma pessoa está. Já se a cor da urina estiver próxima de amarelada forte é importante reforçar o consumo de água ao longo do dia. A sugestão é beber, pelo menos, 3 litros de água por dia.
Para quem não costuma tomar muita água é adequado aumentar o consumo gradativamente. É sugerido não esperar o corpo demandar, mas procurar beber um copo por hora.
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Tiago Marques | Agência Sertão
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