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Trio é preso após desligar aparelho que mantinha irmão vivo no Hospital Regional de Guanambi

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Três irmãos foram detidos na noite de sexta-feira (25) após retirar o tubo que mantinha vivo Almiro Pereira Neves, de 43 anos. Ele estava internado no Hospital Regional de Guanambi (HRG), desde 21 de outubro, diagnosticado com hemorragia subaracnóidea; Etilismo; pneumonia aspirativa.

Ao Portal Folha do Vale, a diretora do HRG, Paula Luísa Lima Melo de Barros, disse que os irmãos Márcio Pereira Neves, de 29 anos, Zelita Pereira Neves, 32 anos e Marliete Pereira Neves, 43 anos, visitavam o irmão o momento do crime.

“Eles chegaram à unidade de saúde para visitar o irmão por volta das 21h, como o estado do paciente era grave foi autorizado à entrada, infelizmente eles tiveram essa conduta no ato da visita”, disse Paula Melo.

A diretora disse ainda que o trio entrou no leito em que o irmão estava e retiraram a intubação do paciente. Ela ainda afirmou que mesmo com toda equipe médica mobilizada, não foi possível reverter o quadro do paciente, que acabou falecendo.

Paula Melo afirmou que os funcionários acionaram imediatamente a Policia Militar que conduziu os irmãos à delegacia de Guanambi para adoção das medidas necessárias.

O delegado Adir Pinheiro Júnior disse ao portal na manhã deste sábado (26) que o trio foi apresentado na delegacia, mas só Marliete e Zelita ficaram presas. Márcio foi ouvido e liberado.

O corpo da vítima foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML) de Guanambi, onde passou por exame de necropsia.

Os responsáveis pela morte do homem realizaram uma eutanásia no irmão. A legislação brasileira considera esse procedimento como homicídio, podendo ainda ser tipificada como auxílio ao suicídio no caso do paciente solicitar ajuda para terminar com sua vida, o que ainda não foi apurado neste caso.

Pode haver uma diminuição na pena ao homicídio privilegiado, quando o ato acontece sob domínio de violenta emoção ou por valor social ou moral. Desde o ponto de vista da ética médica, a eutanásia é uma prática antiética. No entanto, o Conselho Federal de Medicina aceita a prática da ortotanásia desde 2010.

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